Atlético-GO: os cuidados da Macaca para evitar que uma pequena pedra vire uma rocha intransponível

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Em quatro rodadas nenhum ponto marcado. Técnico demitido e jogadores sem confiança. Uma conjuntura vivida pelo oponente e que deveria servir de motivação para a Ponte Preta, favorita destacada para o duelo contra o Atlético-GO, quinta-feira, no estádio Olímpico, em Goiânia.

O técnico Gilson Kleina tentará desviar do assunto, os jogadores farão os discursos protocolares, mas o fato é inequívoco: a responsabilidade de vitória é da Alvinegra campineira. Ponto.

Não exclui a existência de ciladas. Cenários que retiraram nos últimos anos o sonho de uma vaga de Libertadores ou algo além do oitavo lugar de 2017. Uma dica é urgente: nem tudo é definitivo. Ou seja, a lanterna na quarta rodada não quer dizer rebaixamento consumado.

Existe espaço para reação caso uma série de fatores forem detonados como reforços contratados e filosofia adequada do treinador. Querem uma prova? Na atual década, em seis edições na divisão de elite, em apenas duas oportunidades a equipe que estava na lanterna após a quarta rodada realmente consumou o passaporte à Série B. Confira:

2011- Avaí- Lanterna e um ponto após quatro rodadas- caiu com 31 pontos

2012- Corinthians – Lanterna e um ponto após quatro rodadas- terminou em sexto lugar com 57 pontos;

2013- Flamengo- por punição do STJD tinha dois pontos negativos e estava na lanterna com quatro rodadas- terminou com 45 pontos e na décima sexta posição;

2014-Figueirense- nenhum ponto e última colocação após quatro rodadas – ficou na décima terceira posição com 47 pontos;

2015- Joinville – 1 ponto somado e lanterna- terminou o Brasileirão na última colocação e com 31 pontos;

2016- Sport – um ponto e lanterna com quatro rodadas- ficou com 47 pontos e na décima quarta posição.

Existe um outro fator para se preocupar quando a Ponte Preta está no centro das atenções: a irregularidade diante das equipes rebaixadas. Ao pesquisar o retrospecto nas edições de pontos corridos nos quais participou nesta década a perda de ponto da Ponte Preta para as piores equipes foi o alicerce para muitas decepções da torcida. Perceba no entanto, que as boas campanhas de 2015 e 2016 coincidiram com bom aproveitamento contra os rebaixados. Veja os números:

2012- Rebaixados: Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense

9 pontos ganhos de 24 disputados

Aproveitamento: 37,5%

2013- Rebaixados: Portuguesa, Ponte Preta, Náutico e Vasco

Sete pontos ganhos em 18 disputados

Aproveitamento: 38,8%

2015- Rebaixados: Avaí, Vasco, Goiás e Joinville

14 pontos ganhos de 24 pontos disputados

Aproveitamento: 58,3%

2016- Rebaixados- Internacional, Figueirense, Santos e América Mineiro

16 pontos ganhos de 24 pontos disputados

Aproveitamento: 66,6%

Não precisa fazer muito esforço para chegar a uma conclusão óbvia: a presença da Ponte Preta nas primeiras posições passa por eficiência contra as piores equipes. Sempre com o pé no chão e reconhecer que o que está ruim hoje pode melhorar amanhã. Mãos à obra e aproveite a circunstância oferecida pelo destino. Para a decepção passar longe do Majestoso na primeira semana de dezembro.

(texto, reportagem e análise de Elias Aredes Junior)