Baptista desempregado, tabela difícil e política abalada. Kleina vive inferno astral na Ponte Preta

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Dia 26 de março de 2017. Em Sorocaba, Gilson Kleina reestreia comandando a Ponte Preta com uma vitória sobre o São Bento, por 2 a 1, e inicia a caminhada no Paulistão até a final contra o Corinthians. Ali, na sua segunda passagem pelo clube, conquistaria a confiança da torcida e consolidava o bom momento com seu nome gritado nas arquibancadas após a classificação contra o Palmeiras no Allianz Parque. Hoje, passados três meses, a realidade é inversa: sofrendo com a falta de resultados, vive período de muita contestação.

A gota d’água foi na última quarta-feira, na derrota de 3 a 0 para o Bahia, no Majestoso. Sem vencer há quatro rodadas no Brasileirão, está a três pontos de entrar na zona de rebaixamento. A única vitória nos últimos tempos foi contra o modesto Sol de América, pela Copa Sul-Americana, mesmo assim um triunfo com muita apatia. Após o jogo do meio de semana, afirmou estar vivendo “o seu pior momento na Ponte Preta” em entrevista coletiva.

EDUARDO BAPTISTA DESEMPREGADO
Responsável pela melhor campanha da Ponte Preta no Brasileirão na era dos pontos corridos, Eduardo Baptista aparece como sombra para Gilson Kleina. Apesar de ser respaldado pelo presidente de honra, Sérgio Carnielli, a pressão da torcida sobre a atual comissão técnica começa a crescer e o nome do ex-treinador agrada parte dos conselheiros. Mas, o modo pelo qual Baptista trocou a Macaca pelo Palmeiras incomoda grande parte da cúpula do futebol pontepretano.

TABELA DIFÍCIL
As duas próximas rodadas serão cruciais para o futuro de Gilson Kleina no comando da Ponte Preta. O time vai enfrentar o vice-líder Grêmio, em Porto Alegre, e depois recebe o Coritiba, no Majestoso. Sem vencer há mais de um ano como visitante, a campanha em Campinas se tornou fundamental, mas o time foi derrotado nos seus dois últimos jogos no Moisés Lucarelli (2 a 1 contra o Palmeiras e 3 a 0 contra o Bahia).

TRÊS VOLANTES
O que foi alicerce na campanha do Paulistão agora se tornou pesadelo para Kleina. A opção pela formação com três volantes e a manutenção de Jadson entre os titulares incomoda parte da torcida e da crítica. O atleta citado tem uma das piores estatísticas em passes certos e desarmes, mesmo assim permanece entre os onze.

POLÍTICA ABALADA
O que não contribui para a tranquilidade do treinador pontepretano é a instabilidade política vivenciada na Ponte Preta. O gerente de futebol, Gustavo Bueno, é o principal alvo das manifestações contra a diretoria do clube. Em rota de colisão, as constantes mudanças na filosofia de futebol impedem qualquer garantia de permanência mesmo sem os resultados desejados pelo estafe da equipe.

Buscando encerrar o incomodo jejum de vitórias e retomar o bom momento vivido nas finais do Paulistão, a Ponte Preta e seu treinador entram em campo neste domingo, às 16h, contra o Grêmio, na Arena, no Rio Grande do Sul. Liderados por Emerson Sheik, jogadores prestaram apoio ao comandante. Será que Gilson Kleina terminará bem a temporada?

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

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