Benazzi, Comelli ou Givanildo. Técnico bombeiro nunca dá certo na Ponte Preta. Por que insistem na estratégia?

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Quando contrataram Marcelo Chamusca para as 14 rodadas finais da Serie B do Campeonato Brasileiro, o presidente da Ponte Preta, José Armando Abdalla Júnior, defendeu a medida por entender de que era preciso dar sprint final.

“A gente pensou em uma injeção de ânimo para o grupo. A ideia é ter uma experiência maior nesta reta final. O dérbi e o empate com o Vila ligaram a luz amarela no clube. O Chamusca tem essa vivência e experiência para a reta final. A gente tinha de tentar, não poderia pecar pela omissão”, disse em entrevista coletiva no dia 03 de setembro. O retrospecto da Macaca na Série B demonstra que tal expediente quase nunca dá certo. Gera dor de cabeça e decepção.

A primeira vez que o então presidente Sérgio Carnielli tentou a estratégia foi em 2007. Após a saída do técnico Nelsinho Baptista, a escolha recaiu sobre Paulo Comelli – em 11 partidas na segundona teve aproveitamento de 33.3%, foi demitido e Sérgio Guedes o substituiu na partida final.

Apesar do revés, Carnielli repetiu a medida no ano seguinte com Vagner Benazzi, que em 10 jogos teve aproveitamento de 46.6% dos pontos disputados e deixou a Alvinegra na quinta colocação com 58 pontos.

Em 2009, os treinadores Marco Aurélio, Márcio Bittencourt e Pintado não foram eficientes e, nas 10 rodadas finais, o time foi comandado interinamente por Wanderley Paiva, cujo aproveitamento foi de 43.3% e ficou na zona intermediária da classificação. O fracasso do remendo surgiu novamente em 2010. Jorginho Cantinflas dirigiu a equipe por 31 jogos e o aproveitamento de 48.3% não trouxe satisfação a diretoria executiva. Após um jogo de interinidade de Flamarion, Givanildo de Oliveira disputou os últimos seis jogos e cravou apenas 11% dos pontos disputados.

Após a exposição de todos esses números, é inevitável perguntar: que garantia os atuais dirigentes da Ponte Preta tinham de que a estratégia desesperadora daria certo? Seria como ganhar na loteria. E parece que o bilhete premiado não vai sair. Infelizmente.

(análise e dados de autoria de Elias Aredes Junior)