Ele surgiu durante a Copa São Paulo de 2019. Chamou atenção pela postura ofensiva e criatividade. Bastou alguns dias após a principal competição das categorias de base para a torcida clamar pela sua presença entre os profissionais.
Bidu demorou para receber sua oportunidade. Receio de queimar o atleta, pressão para fugir do rebaixamento. Tudo junto e misturado. Thallyson ficou como titular. Aos trancos e barrancos.
Apesar da renovação de contrato, o camisa 6 inscrito na Federação Paulista tem uma lesão. A oportunidade para Bidu veio de forma natural. Virtudes e defeitos no gramado. Qualidade para sair ao ataque, entrar pela faixa central e surgir como opção até de armação pelo lado esquerdo. Precisa refinar a marcação. Ser mais atento no um contra um. Isso não apaga seu brilho.
O foco principal, no entanto, não está em Bidu e sim na conjuntura que o cerca. O Guarani é uma agremiação sucateada. Oferece condições de trabalho deficitárias aos seus jogadores. Tem nove rebaixamentos no currículo nos últimos 20 anos. Há nove anos não disputa a divisão principal da Série A.
Da arena politica nem precisamos esticar o assunto. E mesmo assim uma vez ou outra uma revelação aparece no horizonte. Foi assim com Bruno Mendes, Wesley e agora com Bidu.
O Guarani é um milagre diário a céu aberto.
(Elias Aredes Junior- Foto de David Oliveira- Guaranipress- Divulgação)