Bloqueio das cotas de televisão e uma pergunta que não quer calar: existe saída para o Guarani?

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A incerteza parece sócia dos corredores do estádio Brinco de Ouro. No começo do ano, as turbulências surgiram no departamento de futebol e o acerto ocorreu com Vadão, o terceiro técnico na temporada. Quando tudo parecia caminhar para um ano com imprevistos reduzidos, a juíza da primeira Vara do Trabalho da décima quinta Região, Camila Scarabelli determinou o bloqueio de 100% da cota de televisão do alviverde para a Série B do Brasileiro e que seria em torno de R$ 4,1 milhões.

A resolução foi tomada em virtude de dívidas trabalhistas que ainda tramitam na sua área de jurisdição e que totalizam R$ 2,7 milhões. O valor não tem relação com o montante já negociado por intermédio da juíza Ana Cláudia Torres Viana. Diante disso, por enquanto, o único recurso disponível são os R$ 350 mil mensais disponíveis por Roberto Graziano a título de patrocínio como forma de pagamento da aquisição do estádio Brinco de Ouro, além de potenciais contratos de publicidade e o Sócio Torcedor.

Esta não é a primeira medida tomada pela juíza. No dia 09 de abril, a quantia arrecadada no empate por 1 a 1 com a Portuguesa no estádio Brinco de Ouro também foi penhorada pela juíza. O valor foi de R$ 105771. Este colunista do Só Dérbi entrou em contato com o presidente do Conselho de Administração, Palmeron Mendes Filho para saber os próximos passos para inverter o quadro, mas não houve resposta até a publicação deste post. Assim que tal procedimento for feito, o texto será atualizado ou post será feito.

Independente da palavra da diretoria, um fato fica explicito. O Guarani precisa sentar para negociar um novo adiantamento com um empresário Roberto Graziano. Não só com a meta de deixar as contas em dia e pagar os salários de jogadores e funcionários, mas para competir no mercado. Pense que o Internacional terá direito a R$ 60 milhões e o Goiás ficará com R$ 35 milhões. Se tivesse direito a integralidade da cota, um aporte de Graziano não seria descartável porque o Guarani por ser recém-promovido terá a menor quantia ao lado de Boa Esporte, ABC (RN) e Juventude.

A operação é complexa e Palmeron tem seu desafio inicial. Viabilizar as condições para que Vadão monte um elenco digno e restabelecer o entendimento com o principal parceiro comercial e financeiro do clube. Se ultrapassar esta barreira, ouso dizer que a gestão tem tudo para fazer diferença. Caso contrário, o fundo do poço não terá fim. Infelizmente.

(texto, reportagem e análise de autoria de Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. A nossa parte como torcedor, iremos fazer, comparecer e pagar ingresso, agora a parte administrativa, nós só podemos rezar e que Deus nos ouça…..