Bugrinos estão afastados do Brinco de Ouro. Como ser otimista diante deste quadro?

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Raul Celestino Soares. Roberto Constantino. Cláudio Corrente. José Carlos Meloni Sícoli. Leonel Martins de Oliveira. Zezo. Marcelo Mingone. Fernando Pereira. Luiza Cagliari. Cristina Siqueira. Álvaro Negrão.  Poderia citar outra dezena de nomes interligados a história do Guarani. Gente que acertou, errou, colheu vitórias, derrotas e que entregou sua vida ao clube. Exerceram o poder da sua maneira. Todos têm um fator em comum: estão afastados da “família bugrina”, a alcunha que todos gostam de citar.

Não aparecem nos debates políticos. Não sugerem. Não interferem. Enganoso culpar estes personagens. O atual grupo político presente no Brinco de Ouro não toma qualquer atitude para aglutinar e trazer estas e outras pessoas de volta.

Comportam-se como se o Guarani tivesse sido fundado em 2014, data de chegada de Horley Senna ao poder. Só eles fazem. Só eles conseguem. Só eles realizaram. O paradoxo é o esvaziamento do poder deste grupo. Palmeron é um presidente contestado e que transmite a impressão de que seus aliados afastam-se sistematicamente.  Não conseguir consensos nem no Conselho Deliberativo, que nos ultimos meses foi palco de pautas vitais para a vida do clube. (a foto que ilustra a matéria é de uma mesa diretora do Conselho Deliberativo).

Basta ver o histórico com Nenê Zini, de aliado de primeira hora passou a nutrir uma relação distante. É um representante presente nos corredores do Brinco de Ouro desde a década de 1960 e 1970, seja com o avô (Anselmo Zini) ou o pai, presidente por 11 anos.

Como pode ter êxito uma linha de administração que mais separa do que junta? Como acreditar que uma torcida de, no mínimo, 300 mil pessoas pode ser representada por um quadro associativo abaixo de mil sóciose sem a presença de figuras que deram contribuição para deixar o clube de pé nestes 107 anos? Não dá para ser otimista diante de tal quadro.

(análise feita por Elias Aredes Junior)