Caíque França e Lucão do Break: duas faces de uma moeda complexa chamada Dérbi

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Dizem que bons times necessitam de bons jogadores em duas posições: goleiro e centroavante. Um evita a alegria alheia. O outro precisa ser viciado em balançar as redes e com isso levar ao êxtase aqueles que estão nas arquibancadas. Pois o dérbi 203 teve dois personagens que ocupam tais posições e que escreveram histórias diferentes.

Caíque França disputou o seu primeiro dérbi. E não falhou. No primeiro tempo foi autor de defesas importantes, impediu o gol inaugural do Guarani e deu a segurança necessária para que Fábio Sanches e Thiago Oliveira exibissem um futebol de qualidade. Com a lesão de Fábio Sanches, o temor era de que Fabricio comprometesse o rendimento da defesa. Não aconteceu nada disso. Com um arroz e feijão bem simples, em alguns lances o jogador até mostrou segurança. Pode acreditar: contar com um arqueiro em boa fase ajudou nesta atuação.

O dérbi foi a prova de fogo de Caíque França. Certamente agora o rendimento deve ser ainda melhor. Um alivio para ele e o preparador de goleiros Lauro, contestado durante o último Campeonato Paulista.

Se Caíque França saiu sorridente e de peito estufado, o mesmo não se pode dizer de Lucão do Break. Alguns podem defender que o centroavante rendeu bem. Outros podem alegar que ele jogou mal. Mas não dá esconder o sentimento de frustração.

Imagine você encontrar-se sentado no banco de reservas e ouvir o seu nome ser chamado pela torcida a cada lance equivocado por parte dos atacantes bugrinos. Aí você entra e recebe duas chances de virar herói.

Na primeira você puxa o contra-ataque, tem total condição de arremtar a jogadas, mas toma a decisão errada e a defesa consegue recuperação. Depois, você recebe o cruzamento, sem marcação e cabeceia fora. Decepção inevitável. Até porque no clássico, o mesmo Lucão do Break desferiu um chute que resultou em gol e abertura para a vitória bugrina por 3 a 0.

Caíque França e Lucão do Break. Dois personagens que comprovam a complexidade e as surpresas feitas por esse esporte chamado futebol.

(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan)