Campanha irregular do Guarani na Série B dificulta arrecadação no Brinco de Ouro

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Sete vitórias, cinco empates, seis derrotas e 48% de aproveitamento na Série B do Campeonato Brasileiro trazem impactos diretos ao Guarani. A irregularidade dentro das quatro linhas, além de impedir a entrada no grupo de acesso, atrapalha nas bilheterias do Brinco de Ouro da Princesa.

Nas dez primeiras partidas como mandante nos pontos corridos, o Bugre colecionou prejuízo superior a oito mil reais. O Alviverde só obteve lucro no dérbi com a Ponte Preta, no principal público do ano, e na vitória em cima do Coritiba.

O sucesso na venda de ingressos, inclusive, foi um dos principais marcos do Guarani da campanha vitoriosa na Série A2 do Campeonato Paulista. De janeiro a abril, o time de Umberto Louzer disputou dez jogos em casa até erguer o troféu e teve renda líquida em 80% deles – só ficou no vermelho nas vitórias em cima de Nacional e Água Santa, justamente nos dois primeiros compromissos oficiais da temporada.

O Bugre, entre os 16 participantes, teve a melhor média de pagantes em seus domínios: 7.137,9 pessoas por confronto, o que representa, no geral, 71379 ingressos comercializados. A presença maciça de bugrinos em Campinas proporcionou renda líquida total de R$ 480.818,63.

Na visão do presidente Palmeron Mendes Filho, em contato com a reportagem do Só Dérbi, lamentou os números na segunda divisão e deu sua justificativa para explicar o “rombo” nas bilheterias. “O público, infelizmente, diminuiu. Nós não conseguimos emplacar três vitórias consecutivas no campeonato e isso diminui a presença de torcedores no estádio”, alegou.

O Guarani conseguiu emplacar três triunfos em sequência por duas vezes no ano, ambos pelo Estadual: Água Santa, Batatais e Sertãozinho, além de Internacional de Limeira, Juventus e Penapolense. O mandatário ainda revelou que a diferença de verba gasta com a arbitragem é muito pequena, não sendo, portanto, um dos fatores responsáveis pelo déficit e negou que a Série B exija maior número de funcionários nas partidas. Vale lembrar que o preço dos bilhetes não tiveram preços modificados.

SÉRIE A2:

  1. Nacional:  R$ 1.336,30
  2. Água Santa:  R$ 12.121,16
  3. Batatais: R$ 8.767.07
  4. XV de Piracicaba: R$ 16.570,31
  5. Taubaté: R$ 26.753,33
  6. Rio Claro: R$ 33.340,25
  7. Penapolense: R$ 84.281,79
  8. Votuporanguense: R$ 10.212,00
  9. XV de Piracicaba: R$ 160.454,89
  10. Oeste: R$ 153.896,45

Renda líquida: R$ 480.818,63

SÉRIE B:

  1. Sampaio Corrêa: – R$ 8.857,51
  2. Ponte Preta: R$ 112.805,07
  3. Criciúma: – R$ 24.086,11
  4. CRB:  R$ 29.281,96
  5. Vila Nova: – R$ 9.692,09
  6. São Bento:  R$ 25.322,54
  7. Boa Esporte: – R$ 21.931,69
  8. Coritiba: R$ 6.781,13
  9. Figueirense: – R$ 2.800,65
  10. Brasil de Pelotas: – R$ 5.872,09

Prejuízo total: – R$ 8.258,44

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)