Não costumo fazer previsões de que como será determinada partida. Abro uma exceção para falar do confronto desta terça da Ponte Preta com o Brasil de Pelotas, no estádio Moisés Lucarelli. Jogo às 21h30, com previsão de comparecimento médio de público e com o técnico Marcelo Chamusca em busca da primeira vitória.
Interessante notar que, provavelmente, a Alvinegra vai encarar obstáculos que já viu neste ano.
O roteiro, por exemplo, foi aplicado diante do Vila Nova: ataca-se com força e vigor, o oponente é encurralado e gol salvador aparece. O restante do roteiro ninguém esquece: existe uma perda de concentração, os espaços aparecem, o contra-golpe é oferecido e surge o empate ou a derrota.
Concordo que o aspecto defensivo é elogiável. Os volantes são marcadores exímios e existem laterais com disposição de saída ao ataque. Diante do Goiás talvez tenha faltado algo que não pode encontrar-se ausente contra o time gaúcho: precisão no passe.
Explico: quando cito o passe, não falo do fundamento focado para jogar a bola sempre pelos lados do campo e sem profundidade.
Ideal é compactar o time, seja por linhas ou por setor, e trabalhar a bola para que ela chegue em ritmo vagaroso no ataque. Objetivo: dificultar a retomada de bola do adversário e, mesmo que ele tenha a posse, que exista dificuldade para imprimir velocidade no contra-ataque. O risco de ser surpreendido cai vertiginosamente.
Não é fácil. Reconheço. No entanto, se a Ponte Preta quiser engrenar de vez na competição e vencer a lógica de goleada, antes de tudo, é preciso saber jogar com inteligência. Basta querer.
(análise feita por Elias Aredes Junior)