Decepcionado, futuro presidente Ricardo Moisés relata ao Só Dérbi os fatos da nova crise política do Guarani

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Desde a noite de terça-feira, o Guarani convive com nova crise política e administrativa, detonada a partir da chegada de Estevam Soares como diretor de futebol remunerado e de Renê Simões para o comando do banco de reservas. Um personagem é central: Ricardo Moisés. Integrante do Conselho de Administração do Guarani ele já vinha se preparando para o exercício da vice-presidência (no lugar de Assis Oliveira) quando comunicado sobre o pedido de afastamento de Palmeron Mendes Filho da presidência.

Em conversa de aproximadamente 15 minutos com a reportagem do Só Dérbi na manhã desta quarta-feira, o dirigente dá detalhes de uma história que começou logo após aumentarem os rumores de que Jorginho estaria ameaçado na Ponte Preta. Demissão consumada, Ricardo Moisés entrou em contato com o treinador, que disse não ter cabeça para dialogar naquele momento. Trocaram mensagens instantâneas e a partir dali Moisés estabeleceu a contratação de Jorginho como plano único para buscar a redenção bugrina dentro da Série B.

E para viabilizar o planejamento, Ricardo Moisés conta que comunicou aos outros integrantes do Conselho de Administração que ficaria ausente por toda a terça-feira em virtude de compromissos profissionais com a ASA, empresa ao qual está ligado. Depois, ficaria dedicado em tempo integral.

De acordo com ele, ainda em transito, ele tomou conhecimento das duas contratações. Ao ser indagado se sentiu traído pela atitude dos outros componentes do C.A, Ricardo Moisés foi taxativo: “Decepcionado”.

Decepcionado e de mãos atadas. Por uma questão burocrática, Ricardo Moisés revelou que sequer assumiu o posto de vice-presidente. A cada mudança, é preciso alterar no cartório e após um prazo, de aproximadamente 10 dias,  a alteração deve ser feita junto a CBF e a Federação Paulista. “Se tivesse o afastamento imediato do Palmeron, não haveria um representante do clube para assinar a inscrição do treinador junto ao BID ou de qualquer outro jogador”, explicou. Segundo Ricardo Moisés, como não houve mudança sacramentada emitida pelo cartório, Palmeron Mendes, segundo Moisés, continuará como presidente do Guarani por, no mínimo, mais sete dias.

Sobre a conjuntura da contratação de Renê Simões, Ricardo Moisés explica porque acredita de que tudo foi feito com autorização de Palmeron: “Eles realizaram uma reunião e decidiram desta forma e eu não recebi nenhuma comunicação”, disparou.

De acordo com ele, não há muito o que fazer na atual montagem do Conselho de Administração. “Sou um voto dentro do C.A e meu voto não sei se vai interferir no resultado final. O Estevam (Soares) já falei que meu voto era contra e vai constar (na ata) por não ter sido comunicado e não ter sido debatido com a minha presença. Não tem como ser a favor de algo que não participei”, disse Ricardo Moisés.

Apesar do episódio e da contrariedade pelas demissões, Ricardo Moisés acredita de que é possível construir uma reviravolta. “Isso aqui é minha vida e acredito na força do clube. Mas esses problemas dificultam e muito o trabalho”, completou.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

5 Comentários

  1. Tremenda mentira. Tudo foi anteriormente tramado por todos da gangue. Desde o afastamento de Assis até o afastamento do Palmeron. Está tentando se desculpar porque tem um pedido de afastamento de todo o CA em andamento. Serão todos expulsos do Guarani. Gangue de sarados.

  2. Que zona!!!!
    Pelo amor de Deus!!!
    Como é que um clube de futebol pode ser administrado dessa forma.
    A situação é desesperadora com disputa política interna, sem dinheiro e sem nenhum entendimento entre aqueles que lá estão para equilibrar a situação.
    Aí fico me perguntando: se a coisa é tão ruim assim da forma com é noticiada, qual seria o interesse desses dirigentes em brigar para tomarem o controle do clube? Paixão?? Ou seria pelos interesses pessoais nas negociações de jogadores ou pela eventual participação nas negociatas de venda da área imobiliária??

    Mais uma coisa: quanto custa a contratação de Estevam Soares e de Renê Simões???????? O clube tem dinheiro pra isso??? Quem está custeando essas contratações?????

  3. Valeu Sidnei, é isso aí!!!! O time tá com grandes chances ser rebaixado, precisando reagir em campo e os caras fazendo teatrinho tosco. O Guarani precisa de comando, de gente que saiba administrar o Clube e não de gente que fica fazendo mimimi lá no “queijo”. Cabe ao presidente do conselho agilizar o processo de impeachment dos membros do CA e colocar essa gente pra correr.