Eleição no Vasco da Gama vira de ponta-cabeça. Qual a relação com o pleito na Ponte Preta? Tudo. Saiba o motivo!

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Apesar do silêncio e da ausência de debates nas ruas e nos veículos de comunicação, a eleição na Ponte Preta encontra-se a todo vapor. Um fato externo poderá mudar os rumos do processo em virtude da jurisprudência gerada de modo involuntário.

De acordo informações já divulgadas pela imprensa a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves concedeu no Rio de Janeiro antecipação de tutela de ação assinada pela chapa de oposição “Sempre Vasco Livre”, e determinou que os 475 votos da urna 7, que estava sob suspeita, fossem suspensos. A decisão viabiliza a vitória do candidato oposicionista Julio Brant.

Segundo a acusação formulada pela oposição, 691 sócios do Vasco se associaram nos dois últimos meses de 2015, quando se registrou um número acima da média de adesões.

Tal urna fez a diferença na vitória de Eurico: 90% dos votos foram a favor do atual presidente. A urna foi entregue em juízo e a Justiça passou a investigar.

Como isso tem relação com a eleição da Ponte Preta? Tudo. Nos últimos anos, os oposicionistas nunca deixaram de apontar nas redes sociais e em processos eleitorais que o grupo político de Sérgio Carnielli contava com votos de “forasteiros” para viabilizar suas vitórias.

Alguns sintomas realmente carecem de esclarecimento como a reportagem do Só Dérbi que constatou que 193 dos 835 conselheiros aptos a participarem da eleição foram inscritos em 2015 e desse total 75 foi aceito em um único dia, 09 de novembro de 2015.

No lançamento da chapa Renovação os próprios coordenadores do grupo  oposicionista disseram que o total de novos sócios eram 127 e foram inscritos nos dias 3, 5 e 9 de novembro de 2015. Para votar, o estatuto determina que o sócio esteja em dia e pertencente ao quadro de assados há 24 meses. “Outro dia uma pessoa chamou minha atenção que a cada mandato o número de pontepretanos é cada vez menor”, disse na ocasião do lançamento, no dia 11 de outubro, um dos líderes políticos do grupo, Antonio Sérgio Chiodetto.

Os oposicionistas também não deixaram de apontar que não foram esclarecidas sobre a entrada de recursos após a adesão dos novos sócios. “Quando pedimos o balanço de forma analítica eles não abrem”, disse André Carelli na ocasião de lançamento da chapa.

Os fatos ocorridos no Vasco da Gama, as opiniões e a cobrança de informação dos oposicionistas pontepretanos e a falta de resposta e esclarecimento da atual diretoria – e que automaticamente é designada chapa da situação – demonstra que o pleito marcado para o dia 27 de novembro tem tudo para transformar em um evento controverso e polêmico. Quem viver, verá.

(análise feita por Elias Aredes Junior)