Elvis e Matheus Jesus na Ponte Preta: sem esquema tático definido, não há jogador que faça milagre

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Muitos torcedores da Ponte Preta reclamaram das atuações de Matheus Jesus e de Elvis. A contestação física em torno do atual camisa 10 pontepretano foi notória. Certamente uma derrota colocaria esses dois jogadores na galeria dos vilões. Tal cenário não impede de deixar claro que estas avaliações são equivocadas. E injustas.

Dentro daquilo que conseguiu fazer Elvis foi decisivo. Não podemos esquecer que minutos antes do cabeceio certeiro de Jeh, o armador pontepretano tinha protagonizado chutes e lançamentos interessantes. Matheus Jesus atuou como um meia pelos lados e na parte final do jogo atuou como volante. Reclamar que Matheus Jesus errou muitos passes não conta toda a história.

A sua atuação falha assim como a de Elvis não por culpa dos jogadores e sim pela inexistência de um mecanismo de contra-ataque ensaiado e treinado e que explorasse o talento desses jogadores. Quem rever o jogo vai chegar a conclusão de que as chances pontepretanas saíam por brilho individual ou quando a defesa do Guarani dava suas pixotadas. Matheus Jesus, por exemplo, tinha uma clara postura de ansiedade, ávido por ajudar e furar o bloqueio bugrino. Mas tudo feito sem rumo. Rumo que deveria ser dado pela Comissão Técnica.

Não tinha nada treinado, ensaiado, mecanizado. Pergunto: como pedir excelência dos dois jogadores se os instrumentos não foram concedidos? Não dá.

Concordo sobre o comportamento mimado de alguns jogadores. Ou falta de comprometimento. Não é o caso dos dois atletas. Ou esquecemos do que rolou na Série A-2? Repito: sem a formulação de um trabalho com começo, meio e fim fica difícil exigir algo de qualquer jogador.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)