Especial Guarani: clube comunica à Justiça sobre orçamento e receita liquida fica em R$ 14,4 milhões para 2020

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Em decisão proferida no dia 22 de novembro do ano passado, o juiz Rafael de Almeida Martins, da Sexta Vara do Trabalho de Campinas decidiu aceitar o planejamento financeiro do Guarani para 2020, que visa assegurar o pagamento dos credores, além de jogadores, comissão técnica e funcionários que trabalham diariamente no estádio Brinco de Ouro.

Na decisão, de 13 páginas , o juiz descreve que o clube apresentou-lhe um plano de execução e que prevê uma cota de televisão no valor de R$ 8 milhões para participação na Série B do Campeonato Brasileiro, outros R$ 6 milhões pela participação no Campeonato Paulistão, além de R$ 2 milhões provenientes de bilheteria e comércio de jogadores, além de mais R$ 2 milhões por participação na Copa do Brasil, algo que não ocorreu porque o Alviverde não conseguiu a vaga seja pelo ranking ou alguma colocação satisfatória em uma competição que lhe desse o lugar.

Trecho da sentença em que o Juiz descreve o orçamento bugrino para 2020

O juiz considera que o valor é suficiente. “(…) Diante das liberações acima e da projeção de faturamento de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais) para o ano de 2020, teremos liberações de R$ 14.400.000,00 (quatorze milhões e quatrocentos mil reais) ao Guarani, valor mais do que suficiente para fazer frente a folha salarial histórica e informalmente trazida a este Magistrado para o ano de 2020, no importe aproximado de R$ 850.000,00 (oitocentos e cinquenta mil reais) a R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), representando no ano mais de R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais), já computado o 13º salário (…)”, afirma o juiz em um trecho da sentença.

Sem o dinheiro previsto pela participação na Copa do Brasil, já existe dificuldade em cumprir algumas tarefas já estabelecidas pelo juiz do trabalho. “(…)Abatidas as quitações decorrentes do acordo em curso, já mencionado acima, que representa R$ 1.527.666,60 (um milhão quinhentos e vinte e sete mil seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta centavos), ainda resta ao clube quase R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para fazer frente aos recolhimentos mensais decorrentes do FGTS, bem como outras despesas básicas e essenciais para seu funcionamento(…), afirmou o juiz na sentença.

Por enquanto, a projeção de folha salarial do Guarani varia de R$ 600 a R$ 650 mil mensais para o departamento de futebol profissional.

(Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)