Felipe Pará pode dar certo no Guarani? Confira a palavra de quem já trabalhou com o atleta

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O Guarani deverá apresentar oficialmente nos próximos dias o atacante Felipe Pará, 22, que disputou a Série D pelo Comercial (MS) e atuou pelo União Barbarense. Como o técnico Oswaldo Alvarez não pode contar com Renteria e Rafael Silva a necessidade urgente é por um atacante veloz que faça o trabalho pelos lados e ofereça opções aos centroavantes Caíque e Eliandro, seja quem for escolhido como titular.

O Guarani fez uma boa escolha? Pode dar certo? Não podemos esquecer de Luizinho da Portuguesa como opção prioritária e que não deu certo por questões contratuais.

Para alguns profissionais da bola que trabalharam com Felipe Pará, a aposta vale a pena ser feita. “Ele vai para o enfrentamento de um contra um, é rápido e driblador. Além disso, pode desafogar ,pois é velocista também”, explicou o ex-treinador bugrino Waguinho Dias, que comandou Felipe Pará no União Barbarense.

Segundo ele, há grandes possibilidades de Vadão extrair um potencial técnico interessante do jogador. “Ele é franzino e não teve problemas de lesão comigo. É ótimo de grupo. Quando tinha se não me engano, 19 para 20 anos, eu cobrava e trabalhava para poder ser artilheiro também, pois chegava muito fácil na área adversária. Só tinha que treinar e trabalhar mais para poder concluir melhor. Gostei de trabalhar com ele”, analisou Waguinho Dias, que dirigiu o Guarani em 35 jogos e exibe aproveitamento de 41% nos anos de 2006,2007 e em 2010, nesta última oportunidade como interino.

A avaliação de Waguinho Dias não esconde de que se trata de uma aposta. Um jogador que não teve oportunidade em um time de grande projeção como o Guarani. Disputar a Série B é a principal chance de sua carreira.

Precisamos ser sinceros e práticos. O Guarani ainda não nada de braçada em termos financeiros. Adversários como Internacional e Goiás podem anunciar grandes contratações e ficarem fortes. Com tamanha restrição de orçamento no Brinco de Ouro, qual é a saída? Confiar no olho clínico de Vadão, Ivo Secchi e Ney Pandolfo para sustentar a qualidade do time.

Não podemos esquecer: Vadão sempre contou com atacantes de velocidade como referência. Foi assim com Fabinho nos anos de 2009 e 2012. E estava sendo assim com Braian Samúdio, que apesar de sua limitação técnica apresentava um trabalho de desafogo vital. Sem contar o poder de conclusão que gerou quatro gols marcados. Felipe Pará é uma tentativa para colocar tudo nos eixos.

(texto, análise e reportagem de Elias Aredes Junior)