Futebol campineiro registra prejuízo de R$ 244 milhões em 10 anos

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O manual de desculpas do futebol brasileiro tem, em um de seus pilares, a premissa de que a conquista de bons resultados faz com que recursos entrem no caixa e, automaticamente o lucro, seja aferido. A teoria vai por água ao analisar o desempenho financeiro do futebol campineiro nos últimos 10 anos.

Pesquisa divulgada nesta semana pela Pluri Consultoria demonstra que, no período de 2007 a 2017, Ponte Preta e Guarani apresentam um resultado líquido negativo de R$ 244 milhões, sendo que o déficit bugrino é de R$ 158 milhões e o da Alvinegra é de R$ 86 milhões.

O resultado líquido é o lucro que a empresa apresenta num dado período, ou seja, aquilo que resta da sua receita, depois de considerados todos os custos dos exercícios que têm que ser deduzidos. Ou seja, se Ponte Preta e Guarani fossem uma empresa, estariam em situação financeira dramática.

Duro é constatar é que, bem ou mal, as duas equipes tiveram bons momentos para degustar e aferir recursos para evitar o desastre. Nos últimos 10 anos, a Macaca disputou duas finais de Campeonato Paulista (2007 e 2017), dois acessos à divisão de elite nacional (2011 e 2014) e o vice-campeonato na Copa Sul-Americana.

No Guarani, o time obteve três acessos na Série A-2 (2007, 2011 e 2018), duas promoções na Série C (2008 e 2016), além do vice-campeonato da Série B de 2009 e o segundo lugar no Paulistão de 2012.

Os dois times, no entanto, abriram caminhos para o prejuízo. A Alvinegra com as quedas na Série A em 2013 e 2017, enquanto o Alviverde amargou quedas na Série A-1 em 2009 e 2013, na Série A do Brasileirão de 2010 e na Série B em 2012.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)