Gilson Kleina perto de virar herói. Longe de ser uma lenda no banco de reservas da Ponte Preta

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Nas conversas com torcedores e jornalistas esportivos de Campinas, o assunto emerge de modo forte. A arrancada da Ponte Preta e de Gilson Kleina na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro e um possível acesso acendem o debate de qual é o lugar do “bruxo” na história.

Nesta década não tem para ninguém. Nem Jorginho e o vice-campeonato da Sul-Americana podem almejar o cetro. Kleina tem como saldo um acesso na Série B em 2011, uma semifinal de Campeonato Paulista no ano seguinte e vice-campeão paulista em 2017. Aspecto negativo? A saída tumultuada para o Palmeiras em 2012 e o desempenho ruim no brasileirão do ano passado. Mesmo assim, nem Guto Ferreira iguala  em desempenho e carisma.

No entanto, considero precipitado apontá-lo como um dos melhores dos 118 anos da trajetória da agremiação. No atual século, temos Nelsinho Baptista, com as semifinais do Paulistão e da Copa do Brasil de 2001, Abel Braga e sua luta épica pela permanência no Brasileirão de 2003 e Oswaldo Alvarez, com boas campanhas em brasileiros e responsável direto pela quebra do tabu de 15 anos da vitória da Macaca sobre o seu principal rival. São feitos respeitáveis.

Quando a história da Macaca entra em campo, o quadro fica delicado. Zé Duarte foi campeão da divisão especial em 1969 e vice-campeão paulista em 1977 e 1979, cuja base é eleita como a melhor da Macaca em todos os tempos. Sem contar Cilinho, com 345 jogos e autor de boas campanhas.

Caso venha o acesso, kleina será o herói. Com justiça. Mas muita coisa precisa acontecer para que ele seja igualado a deuses que sentaram no banco de reservas.

(análise feita por Elias Aredes Junior)