Concordo a cautela adotada pelos acompanhantes do futebol em relação a jogo treino. É uma movimentação para acertar arestas, tirar os atletas da mesmice, mas não pode ser analisado a ferro e fogo. Concordo. Isso não quer dizer que alguns sinais explícitos devem ser ignorados. Ok, praticamente quase ninguém assistiu e o desempenho fica no imaginário. Mas chama atenção uma equipe do porte do Guarani ficar 180 minutos sem anotar um mísero gol.
Na sua entrevista no Brasil Esporte Clube de quinta-feira, o técnico Vinicius Eutrópio assegurou que colocaria o time mais á frente. Rondinelly teria tratamento especial e seria uma peça mais ofensiva do que de armação. Fato é que os gols não apareceram. Preocupante. Muito.
Se antes da bola rolar a equipe tem a necessidade de reforços, nada mais coerente do que exigir um departamento de futebol ativo e atento as demandas do mercado. Mas eis que na sexta-feira, durante entrevista a Rádio Bandeirante, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, coloca a realidade em primeiro plano. “Os investimentos serão feitos gradativamente, no decorrer da Série B. Então o Guarani reduz a quantidade de atletas, reduzindo o investimento em relação ao Campeonato Paulista, um campeonato tão concorrido quanto. O objetivo do Guarani era, no mínimo, a permanência e algo a mais, que infelizmente não conquistamos. Mas iniciaremos com um orçamento um pouco mais enxuto, aí na parada da Copa América queremos reforçar um pouco mais e depois na virada de turno, o Guarani deve se reforçar mais um pouco. Nosso orçamento da Série B é superior ao do Paulista, mas será feito gradativamente”
Em resumo: pelo menos até a paralisação para a Copa América, o técnico Vinicius Eutrópio terá que trabalhar com aquilo que tem em mãos. Fazer jogar em alta qualidade quem decepciona até o momento e não faz a bola balançar as redes. Frustrante? Concordo. Entretanto, é melhor lidar com a realidade do que forjar falsas expectativas.
(análise feita por Elias Aredes Junior)