Guarani: desculpas incomodam mais e mais. Até quando?

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O Guarani entra em campo amanhã, no Brinco, diante do Paulista, com a obrigação de vencer. Uma obrigação que vai além do tradicional clichê do “fazer a lição de casa”. Os três pontos significam a chance de uma nova fase, com mais atitude. E explico.

Desde o início do Paulista da A2, onde tem 52% de aproveitamento, com 3 vitórias, 5 empates e 1 derrota, os comandados de Pintado vivem o dilema do “nem tão bom, nem tão ruim”. A sequência de oito jogos sem derrotas dava – e já explico por estou falando no passado – tranquilidade ao treinador para falar em situação sob controle ou em reação prevista (que não veio e culminou na derrota para o Santo André) .

Porém neste exato momento vejo o Guarani como aquele funcionário acomodado. Ele sabe que não vai ser demitido e, por isso, vai levando algumas coisas com a barriga. E é esse o problema, estamos falando de um momento onde é impossível pensar em “acomodar-se”.

Até porque, o empregador não precisa avisar que poderá demitir. Não existe garantia de emprego que não seja pelo mérito, pela competência.

O Guarani tem méritos? Claro. Mas não pode apoiar-se na “tradição de sua camisa” como garantia do que não pode ser garantido. O Guarani precisa crescer. Precisa avaliar suas atitudes internamente. De nada adiante o torcedor falar, se os jogadores não quiserem escutar.

Chega de usar o escudo da invencibilidade. Chega de dizer que o empate foi um bom resultado.

Os empates são, na minha opinião, a maior armadilha do futebol. Significam o “meio do caminho” e exigem muito mais controle emocional.

Que o time tem mostrado problemas táticos, todos sabemos. Mas eles poderão ser resolvidos se o passo fundamental for superar o emocional. É saber ouvir.

Comecei esse texto resistindo a tentação de escrever o que meu colega Elias Aredes fez em o artigo ontem aqui no site: “O Guarani não precisa de bajulação ou adesismo. O Guarani precisa da verdade!”

(artigo escrito por Adriana Giachini- Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)