Guarani e a necessidade de um intercâmbio com os atuais integrantes da atual Série B

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Dentro do possível acompanhei na noite de terça o confronto entre Vasco da Gama e Luverdense. Briga de foice pela Série B do Brasileirão. Já tinha tal conceito formulado na minha mente antes da fase aguda da competição e agora quero aprofundar. A partir de janeiro de 2017, o Guarani passará a viver uma nova realidade. Serão, no mínimo 57 partidas, sendo 19 pela Série A-2 e outros 38 duelos pela segundona nacional.

Não dá para fugir da constatação: se o Guarani não se qualificar absurdamente, as possibilidades de um vexame em 2017 são reais. É outro campeonato, nova conjuntura e forma de trabalho. Até por isso acredito que Marcelo Chamusca não deveria ter o seu contrato renovado. Isto é tema para outro artigo.

Importa o Guarani calçar as sandálias da humildade e tomar providências práticas. Exemplo: conversar com equipes que trabalharam com recursos escassos e estrutura deficitária e verificar aquilo que foi feito para sobreviver na competição. Cito especificamente o Luverdense de Junior Rocha, o Brasil de Pelotas ou o próprio Vila Nova envolvido com problemas financeiros e que soube se reinventar com o técnico Guilherme Alves.

O intercâmbio é vital até porque o Guarani passou quatro anos na terceirona, uma competição com outro ritmo, calendário e foco. É preciso encurtar esse período de adaptação. Que deverá ser ainda mais dura caso aconteça a perda dos mandos de campo devido aos acontecimentos ocorridos em Varginha (MG) no jogo contra o Boa Esporte (MG).

Rodrigo Pastana poderá ajudar? Não há duvida. Já trabalhou em clubes da Série B e poderá ser precioso na travessia da ponte de excelência. Que ninguém se iluda: os desafios são imensos. Do atual grupo político que está no Brinco e concorrerá as eleições de 2017, ninguém tem pálida noção do que é encarar uma competição deste nível. Nem as exigências no gramado. Traduzindo: as contratações necessitam de critério e cuidado.

A Série B precisa receber carinho redobrado. Subir para a divisão de elite do Paulistão é fundamental. Mesmo com a Série A-2 existe um acréscimo financeiro devido ao acesso na terceirona.

Digamos que não acontece a promoção de divisão no primeiro semestre e o Guarani faça um campeonato de manutenção na Série B. Pelo menos a temporada terminará com a sensação de que o padrão financeiro não foi perdido. Agora, pense com o acesso na Série A-2 e que aconteça um revés na parte final da temporada. A sensação de fracasso e retrocesso será inevitável. Por isso, a Série B não começa em maio de 2017 e sim agora.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

 

1 Comentário

  1. Boa análise. Os jogos finais mostraram que a renovação com Chamusca é algo a ser muito bem pensado. A inúmera quantidade de gols que tomamos fora de casa nas partidas decisivas é algo que se explica taticamente. Não foi acidente, foi erro tático e estratégico.