Vira e mexe este colunista é atacado de todos os lados por torcedores do Guarani. Gente que vislumbra o futebol apenas pela sombra do resultado. A bola entrou os dirigentes são deuses; a derrota apareceu, ninguém presta.
Nada mais artificial e sem nexo, assim como dizer que determinadas matérias e análises jornalísticas servem apenas para tumultuar. Meu Deus, quanta incapacidade cognitiva de entender e compreender que o futebol é uma instância de disputa de poder!
E que por vezes as vitórias podem ser ventos passageiros. O Guarani, por exemplo, nos últimos 10 anos, foi vice-campeão da Série C em 2008, segundo lugar na Série B de 2009, finalista na Série A-2 de 2011 e disputou a final do Paulistão contra o Santos em 2012.
Deixa a raiva de lado e reflita: o Guarani melhorou após esses acontecimentos? Passou a viver um patamar de excelência? Pois é, a verdade dói.
Aliás, dor que os corajosos das redes sociais (ou das redes anti sociais como diria o genial Juca Kfouri) só conseguem fazer diante de um teclado. Fora dele, ou incentivam a violência contra os jornalistas independentes e críticos ou fazem questão de espalhar calúnias e difamações. Confundem e não explicam. Tudo que o poder quer e deseja.
Porque o poder estabelecido no Brinco de Ouro não quer e nem deseja a abordagem profunda da parte política do clube, porque algumas verdades inconvenientes podem aflorar.
Querem um exemplo: o atual presidente bugrino e o anterior foram formados e orientados politicamente pelo ex-vereador Cid Ferreira, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e que já foi filiado ao PDS, partido que deu sustentação a ditadura militar após a reforma partidária que extinguiu a dualidade existente entre Arena e MDB.
Os seus conceitos foram traduzidos em atitudes por parte daqueles que ocuparam o poder no Guarani. Da parte de Horley Senna, é impossível esquecer a proibição imposta a este colunista e ao repórter Washington Mello por causa de matérias e abordagem critica ao processo de venda do estádio Brinco de Ouro. Quanto a Palmeron Mendes Filho, é clara sua resistência à prática do jornalismo. Sua tentativa de desqualificar o trabalho profissional é constante. Lógico, de quem critica, porque quem elogia recebe tapete vermelho.
As consequências estão presentes: o Guarani hoje é governado por meia dúzia de cabeças, já quem ousa ser oposicionista é sufocado ao ponto de sair ou ficar escondido com medo de represálias.
Detalhe: eles não são culpados. Tanto Horley como Palmeron foram ensinados a encarar a democracia dessa maneira. Ou seja, de buscar o constrangimento ou a contrariedade no relacionamento com a imprensa e oposicionistas. E Cid Ferreira, infelizmente, aprendeu nesta época tenebrosa da nossa história.
Não esqueço de tais detalhes e são eles que me fazem produzir a distinção necessária. Umberto Louzer, Luciano Dias e os atuais jogadores passam e podem produzir frutos inesquecíveis e terão apenas eles como responsáveis.
Quem está atualmente no poder só espero que não produza danos irreparáveis a uma agremiação que já foi conhecida por valorizar o relacionamento harmonioso e democrático, seja qual fosse a tendência. Um dia a torcida acordará para algo tal básico. Só espero que não seja tarde.
(análise feita por Elias Aredes Junior)
Torcidinha covarde do Guarani foi ontem em 40 “pessoas procurar pontepretanos pra brigar, a uma quadra do Majestoso. Claro que sabiam que não teria ninguém por lá num domingo à tarde sem jogo da Ponte mas este fato (tem vídeos rodando por aí) deveria ser o suficiente pra fecharem a Fúria e punirem o Guarani, como fizeram recentemente com a Ponte customer essay