Guarani: tédio ou areia movediça antes da largada da Série B?

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A primeira janela de transferências da CBF será encerrada no dia 03 de abril. Contagem regressiva para as equipes reformularem seus elencos. As negociações ocorrem em ritmo frenético. Jogadores que rescindem contrato e fecham com outras agremiações. Equipes que decidem contar com novos treinadores ou preparadores físicos para colocar a casa em ordem.

Uns pensam em Copa Libertadores. Outros planejam disputar um Campeonato Brasileiro equilibrado ou lutar pelo título. Outras equipes querem uma das quatro vagas disponíveis de acesso nas Séries B,C e D.

Em resumo: o noticiário está fervilhante. No Twitter boatos e especulações surgem como palha no paiol. E no Guarani? O Alviverde campineiro só tem algo a oferecer: tédio. Monotonia. Nada acontece. Tudo é arrastado e postergado. O torcedor vive agoniado, desesperado, sem perspectiva. Afinal de contas, falta menos de um mês para a estreia na Série B. O que diz a nova diretoria? O que esclarece o atual comando? Nada, nada, nada.

André Marconatto afirmou a reportagem da Rádio Brasil por intermédio de sua assessoria que não poderia conceder entrevista porque não tomou posse. Só depois de tomar pé da situação é que poderá falar. Interessante dar essa declaração após conceder entrevistas exclusivas para diversos veículos. Sinal do seu desconforto com a imprensa independente e apartidária.

Pare para pensar um pouco: imagine se durante o Governo de Transição, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não concedesse qualquer entrevista coletiva. Será que os formadores de opinião e torcedores ficariam felizes?

Guardadas as devidas proporções, os detentores do poder no Guarani, viram as costas para os torcedores. O Guarani não é uma entidade pública, mas é de interesse publico para uma boa parte da população de Campinas.

Ou seja, o tédio no Guarani é enganoso porque o seu suposto silêncio gera consequências danosas. Quadro agravado com as seguidas dispensas de jogadores. Sem contratações, a sensação de abandono é inevitável. Um quadro que gera aflição porque o calendário corre. Rápido. E o torcedor não quer viver o pesadelo de primeiro turno de Série B. Mas parece que os dirigentes não desistem de viver fortes emoções.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)