Guarani: uma nave sem rumo. E a tripulação? Apertem os cintos?

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O que é necessário para comandar um clube de futebol? Entender do assunto? Com certeza. Evitam-se negócios obscuros e furados. Ter capacidade de gestão? Concordo. O dinheiro é escasso, o mês parece contar com 60 dias e nada melhor celebrar um administrador capaz de fazer tal verba render. De preferência acima da expectativa.

Agora existe uma característica fundamental ignorada: capacidade de aglutinação. Ou seja, ser político na acepção pura e positiva da palavra. É a pessoa que promove entendimento entre os contrários.

Que mostra norte e disposição para traçar o amanhã. É aquele que traça metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. Neste último requisito podemos afirmar com segurança: o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, apesar de algumas virtudes já elencadas aqui, transformou-se em um fracasso de público e de critica.

A discussão da terceirização do departamento de futebol, que poderia ser a salvação da lavoura, transformou-se em comédia pastelão.

Bate boca verbal, acusações de lado a lado, anulação de assembleia…Tudo assistido de modo passivo pelo presidente. Que em nenhum momento soube conduzir o debate. Infelizmente.

Detalhe: se não fosse a iniciativa da Rádio Bandeirantes, que trouxe Luiz Roberto Zini e Roberto Graziano para discutir o tema, o torcedor bugrino não teria qualquer informação.

Apesar de ter atuado na política formal por anos e anos, Palmeron não aplicou na prática os conceitos básicos de um estadista: conversar, aglutinar, saber distensionar.

O que sobra hoje na prática é um clube rachado politicamente, sem norte e um presidente, que por maiores que sejam suas boas intenções, não consegue uma comunicação eficiente ao torcedor para transmitir seus planos.

Não adianta terceirizar sem harmonia interna.

Pouco vai resolver entregar a chave do departamento de futebol se o clube encontrar se em pé de guerra.

No fundo, no fundo, Palmeron neste processo da terceirização comportou-se como um trabalhador que chega do trabalho e verifica que seus filhos estão em briga com vizinhos. Ao invés de interceder e tentar o fim do imbróglio ele pensa: “Ah, deixa eles se entenderem. Uma hora se acertam”. Pois é. Autoridade e poder precisa vir acompanhada de sabedoria. Parece fácil. Não é.

Um aviso: a bola não entra por acaso. O Guarani que o diga. Infelizmente.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Como alguém quer conseguir aglutinar as pessoas e trabalhar, se não consegue passar confiança nas entrevistas..
    Sempre com um discurso batido (o mesmo discurso de políticos que acreditam que nada mudou de 2013 pra cá)
    Cada entrevista que passa, menos confiança ele passa pra mim…