Introvertido, jovem e estudioso: o perfil do novo técnico do Guarani

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Após a saída de Ney da Matta, técnico campeão da última Série C, o Guarani agiu rápido no mercado e anunciou Maurício Barbieri, ex-Red Bull Brasil, como seu novo treinador. Aos 35 anos de idade, ainda um técnico jovem, não tem títulos de expressão, mas acumula um acesso no Paulistão. Sua carreira começou em 2013, no Audax-RJ, quando chamou atenção pelo futebol ofensivo.

Depois da boa passagem no futebol carioca, seu currículo de estágios em clubes como São Paulo e Porto chamou a atenção do Red Bull. Dos 78 jogos comandando o Toro Loko, o ápice de Barbieri foi levar a equipe as quartas de final do Campeonato Paulista ano passado, quando defrontou a equipe de Tite na Arena do Timão.

O Guarani será o terceiro clube na carreira do técnico, que conquistou aqueles que acompanham futebol pelo seu conhecimento e trabalho em campo. Barbieri é de uma nova geração de treinadores do futebol nacional que prioriza estudar e se atualizar constantemente, adotando os mais modernos métodos de treinamento e acompanhando jogos do futebol europeu. Com um estilo mais introvertido, o depoimento de quem acompanhava seu trabalho no Red Bull é de um perfil que substitui o boleiro.

Uma das principais virtudes de Maurício no Toro Loko foi um ataque móvel. Algo improvável se optar por utilizar Fumagalli e Eliandro juntos. Sempre preferiu o jogo com bola no chão, cruzamentos rasantes e usava muito o avanço dos laterais como meias e atacantes abertos. Defensivamente, o time era exposto. Até pelo contexto de atacar e dominar o rival.

No Guarani, terá a missão de consertar a bola parada defensiva, que apresentou problemas durante a Série A2, além de encontrar um posicionamento para o rendimento do principal jogador do clube: Fumagalli.

Outro ponto que chama atenção é que o capitão do time será mais velho que o treinador. Fumagalli completou 39 anos contra 35 do novo comandante.

A caminhada de Mauricio Barbieri no Guarani começa no próximo sábado, fora de casa, diante do Juventus. A equipe ainda está próxima dos líderes e a pontuação não será um entrave na carreira do novo comandante, que vai enfrentar o maior desafio da carreira e a chance de entrar na galeria dos principais técnicos do futebol paulista.

(Texto e reportagem: Júlio Nascimento)

1 Comentário

  1. Para mim, é uma aposta. Mas acho que é uma aposta válida. Honestamente, não conseguiríamos nada além de apostas. E, aposta por aposta, é melhor uma aposta jovem, promissora e que receba honorários dentro da realidade do clube.

    E, por favor, que ninguém permita que o Fumagalli seja o dono do time. Ele é um jogador de futebol e deve acatar as ordens dos comandantes.

    Para mim, Fumagalli deve ir para o banco. Ele está devendo esse ano e nada mais justo. Ele deve jogar no time titular por méritos e não por nome. Inclusive, acho que um banco faria bem para o brio de Fumagalli.