Lesões musculares: o principal inimigo de Vadão e do Guarani na Série B

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O técnico Oswaldo Alvarez precisa quebrar a cabeça. Partida após partida, os desfalques ficam acumulados. A montagem do time titular fica quase inviabilizada. Pior: um novo inimigo ronda o estádio Brinco de Ouro: as lesões musculares. Provocam afastamento dos atletas por semanas e prejudica a utilização do elenco.

Gabriel Leite veio do Palmeiras e nem estreou. Foi participar de um jogo-treino e agravou uma lesão muscular já detectada em São Paulo. William Rocha encontra-se em recuperação de uma lesão na coxa esquerda e agora é a vez do zagueiro Ewerthon Páscoa ser submetido a exames para verificar lesão.

O ataque  não fugiu ao drama. Rafael Silva entrou contra América Mineiro e Ceará e o músculo acusou o golpe. Eliandro encontra-se em fase final de recuperação e também viveu drama similar.

Se pensarmos um pouco chegaremos a duas conclusões. A primeira é que, excetuando-se Eliandro,  os outros jogadores lesionados são recém-contratados e muitos sequer não tiveram a pré-temporada adequada e o idêntico número de jogos dos atuais titulares bugrinos.

Não há como ignorar que tais jogadores só foram procurados pelo Guarani porque tinham um valor acessível. Por que? Não estavam na vitrine da bola. Ou seja, não jogavam em alto nível. O valor cai assim como o ritmo de jogo. Tudo isso fruto de um quadro financeiro caótico. Se o Guarani estivesse em boas condições financeiras, será que apelaria para este perfil de jogador? Respondo: duvido. Detalhe: não contesto a qualidade técnica destes atletas, que é inegável, e sim a diferença de condição física para os demais.

O quadro remete a outra constatação: a falta de estrutura. Sim, os profissionais atuantes no Brinco de Ouro são bons e capacitados. Mas não fazem milagre sem equipamentos adequados. Se o Guarani estivesse equipado como outros concorrentes certamente o trabalho de transição seria feito com qualidade, as lesões seriam evitadas e Vadão teria opções para utilizar.

Hoje, o Alviverde depende da criatividade e competência de fisioterapeutas, médicos e fisiologistas e da sagacidade do treinador. Time bem estruturado também serve para amenizar quando este cenário não acontecer. Eis que pergunto: e quando o Guarani não contar com técnicos gabaritados e um staff preparado? Vai apelar a quem?

Sim, as lesões musculares são um perigo eminente na campanha bugrina. Agora, apesar das péssimas condições financeiras, é o momento de pensar em investir e aprimorar o clube, apesar da obrigação de Roberto Graziano estipulada em sentença judicial. Clube eficiente não conta com a sorte e sim trilha seu próprio caminho. Que o Guarani aprenda conceito tão básico.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. Gostei de sua análise. É a mais pura verdade. Não podemos nos esquecer de que não dá para exigir o acesso do Guarani nesse ano. Estamos com esperanças por causa da boa campanha, mas a manutenção é a prioridade.

    Aliás, nem o mais otimista dos torcedores imaginaria uma campanha como essa.

    O Guarani realmente precisa se aprimorar nessa parte médica e fisiológica, para evitar lesões.

    Mas eu acho que ainda dá. Estamos sobrevivendo e mantendo nosso lugarzinho no G4. Muita humildade, pés no chão e podemos chegar lá.

  2. Afinal, esta série de lesões: Falha de condições do departamento responsável do Guarani, histórico dos jogadores, rodada intensa, tudo junto misturado?? Mas, legal, gostei da matéria (viu, Elias?)

  3. Elias, vi no globo esporte que o Bugre adquiriu um equipamento novo. Acho que seria legal uma matéria explicando sobre ele. Sugestão.