Liminar é derrubada e torcedor pontepretano volta a encarar proibição como visitante

1
1.100 views

Em decisão emitida pelo relator Luiz Antônio Godoy, do Tribunal de Justiça de São Paulo, na última sexta-feira, o pedido feito pela Federação Paulista de Futebol (FPF) foi atendido e a torcida da Ponte Preta foi novamente proibida de frequentar estádios na condição de visitante e também de receber torcidas adversárias.

A decisão derrubou uma liminar obtida por um grupo de torcedores e que foi capitaneada pelo ex-vice-presidente Giovanni Di Marzio.

O juiz afirmou que os torcedores não tinham competência para requisitar a liminar. “(…) Defiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso para restabelecer a eficácia da resolução 003\18 da Federação Paulista de Futebol”, afirmou o texto escrito pelo juiz. “Há entendimento neste tribunal de Justiça no sentido de que os torcedores não tem legitimidade ativa para o ajuizamento  deste tipo de ação (…)”, completou.

Sem medo de encontrar contrariedade, o juiz vai fundo em sua linha de raciocínio. “(…) De fato observa-se a principio, que respeitada a inquestionável a paixão que os move, tal circunstancia não é suficiente para autorizar que os torcedores possam discutir deliberações que são afetas a todos os apreciadores do esporte (…)”, concluiu.

A punição foi imposta à Macaca devido às confusões que envolveram torcedores no Campeonato Brasileiro e também na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

RELEMBRE O CASO E VEJA O QUE ESTÁ POR VIR!

Um grupo de 18 torcedores da Ponte Preta, dirigidos judicialmente pelo advogado Alexandre Gialucca, entrou com uma medida na Justiça Comum para que o clube pudesse ter torcedores longe de Campinas e recebesse a torcida adversária no Majestoso.

Depois de a liminar ter sido concedida a favor da Macaca, a FPF foi intimada e entrou com um recurso, conhecido como agravo de instrumento, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O órgão, por sua vez, suspendeu os efeitos da liminar, mas não a cassou – ela ainda será julgada.

A Ponte foi intimada e, agora, tem que apresentar as razões do recurso para reverter a situação. Em outras palavras, recorrer da decisão e entregar a defesa. A instituição máxima do futebol paulista entende que a Associação Atlética Ponte Preta, enquanto instituição futebolística, tem a necessidade entrar na Justiça, e não um grupo de torcedores, já que o afetado foi o clube.

Vale destacar que a medida entra em vigor a partir do momento em que a FPF intimar a Macaca. Como tem efeito imediato, se acontecer entre terça e quarta-feira, o jogo diante do RB Brasil, na quinta-feira, pelo Campeonato Paulista, não terá torcida alvinegra.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa e Elias Aredes Junior/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)