Durante o programa Brasil Esporte Clube de quinta-feira, na Rádio Brasil tivemos a oportunidade de receber o técnico Vinicius Eutropio. Sujeito afável, simpático e muito claro em suas explicações sobre como irá extrair potencial do Guarani. Reconhece que a situação é delicada. Sabe que lutará contra um pessimismo quase patológico da torcida bugrina.
A comprovação de tal tese veio no final da tarde quando um ex-dirigente do Guarani me procurou pelo Whatsapp. Demonstrou seu desalento com o atual momento do Alviverde. Foi enfático. “Se o (Vinicius) Eutropio fizer o Ferreira, o Giaretta, Deivid, Rondinelly, Felipe Amorim, Carlinhos jogar bola ele não é bom treinador, ele é mágico”, disparou.
Não condeno sua visão turva a respeito do futuro. O Guarani infelizmente é um clube sem paz. Dirigentes e conselheiros em pé de guerra. A estrutura está deficitária. O acordo com Roberto Graziano gera mais dúvida do que certeza. São tantos elementos que esse ex-dirigente cravou: o Guarani é candidato ao rebaixamento.
O diagnóstico deveria ir por outro caminho: que filme veremos? O do vice-campeonato improvável de 2009? Da superação demonstrada por Fabinho e companhia em 2011? Ou o vexame de 2012? Ou o drama para escapar de 2017? A campanha melancólica de 2018 também certamente não seria aceita em primeiro momento.
Espere. Melhor pensar melhor. Na atual conjuntura, terminar em novembro de 2019 nas 10 primeiras colocações ficará no estágio do milagre. Triste, mas é a realidade.
(Elias Aredes Junior)