Não gosta dos jogadores, técnicos e dirigentes? Torça pelos funcionários do Guarani!

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O Guarani é um clube rachado. Alas políticas engalfinham-se pelo poder. O presidente de hoje vira o vilão de amanhã. Inevitável respingar nas arquibancadas e a geração de má vontade com o treinador e os jogadores. Todos querem soluções mágicas para o retorno do patamar sonhado, que foi sua última participação tanto na Série A do Brasileirão e do Paulistão, ocorrida em 2004.

Resultado: dificilmente o Guarani encontra-se com todos focados na direção única, com sentimentos conjugados. Proponho um caminho diferente: se existe resistência em torcer pelo sucesso do presidente de plantão ou dos jogadores e treinadores, que tal a paixão e o amor ao Guarani ser depositada nos funcionários?

Pense: são 70 “jogadores”. Eles entram em campo todos os dias. Jogam e vestem a camisa de modo discreto e marcam vários gols e que são poucos reconhecidos: a manutenção do gramado, os serviços de limpeza, segurança e assessoria de imprensa, os responsáveis pelo departamento de Recursos Humanos, jurídico, entre outras tarefas.

Um time complexo, com várias posições e detentores de um amor incondicional. Ele muitas vezes deixou de aceitar uma transferência para outro “time” (leia-se emprego) porque desejava colaborar com a reconstrução de uma marca centenária.

Estes craques dos bastidores não estão envolvidos em transações milionárias. Não realizam sua independência financeira. Alguns sequer sabem o que é ser proprietário de um carro, quiça de um veículo de marca importada.

Involuntariamente sofrem diversos gols contra imprevistos. Atende pelo nome de atraso de salário. Perdem de goleada a dignidade, a tranquilidade e o foco para atender as necessidades básicas da família. O salário fica em dia em período posterior, mas a dignidade foi perdida. 

Solução? O estabelecimento de um circulo virtuoso. Time em boa campanha que vai gerar estádio com capacidade completa, responsável por produzir recursos financeiros e isso pagará os salários dos “70 jogadores” que vão atuar de segunda a sexta. Vamos combinar: gostar do Guarani e detestar presidentes e jogadores de plantão é até direito seu. É inadmissivel você, em nome de um ressentimento aplaudir aqueles que sempre estarão vestindo a camisa do Guarani. Eles sim podem cantar sem medo de parecerem hipócritas: “Na vitória ou na derrota hoje e sempre Guarani”. (análise feita por Elias Aredes Junior)