Nova Liga de Clubes e a pergunta que não quer calar: Ricardo Moisés pela porta da frente na história do Guarani?

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Ricardo Moisés é o personagem do dia. Articula uma grande conquista para o Guarani nos bastidores: a inclusão do Alviverde na Liga Brasileira de Futebol, a Libra. Uma revolução que poderá proporcionar um aporte inédito de recursos a partir de 2025. Existiria dinheiro suficiente para buscar uma nova infra-estrutura e montar times verdadeiramente competitivos. O Guarani tem tudo para galgar uma nova era.

Se permanecer na Série B, o Alviverde tem todas as possibilidades de ser um dos player´s do futebol do interior ao lado de Red Bull Bragantino, Ituano, Novorizontino, Ponte Preta e emergentes de estrutura pronta e azeitada como o Mirassol.

Mas Ricardo Moisés precisa lutar agora para quebrar um tabu incomôdo: a de conquistar algo relevante para o clube sem sair pela porta dos fundos. José Luis Lourencetti pode se gabar de ter incluído o Guarani no antigo Clube dos 13, o que foi fundamental para assegurar a sobrevivencia financeira. Mas o torcedor sequer deseja ouvir o seu nome, pois ele está atrelado aos diversos rebaixamentos vividos pelo clube durante o Século 21.

O que dizer então de Palmeron Mendes Filho? Foi o presidente campeão do clube na conquista da Série A-2 do Campeonato Paulista. E com um futebol envolvente. No entanto, o bugrino também mais motivos para lamentar do que para celebrar durante sua gestão.

O atual presidente do Guarani e seus apoiadores se vangloriam de diversas conquistas nos bastidores. Muitas reformas estruturais, estabilidade financeira e agora a inclusão na Liga de Clubes. Só que no futebol, não podemos dizer que existem motivos para sorrisos.

Ele aposta tudo no superintendente executivo, Michel Alves, que excetuando-se a temporada passada só entrega times para permanência ou para passar sufoco na tabela de classificação. Ricardo Moisés dá respaldo para contratações de qualidade técnica duvidosa e agora na atual edição da Série B assiste a produção de uma campanha sufocante.

Pois é. Se o Guarani fosse uma empresa, certamente Ricardo Moisés poderia reivindicar a premiação por ser um executivo eficiente. Mas no Guarani é insuficiente. É preciso fazer história e recolocar o Guarani no patamar que ele merece. O tempo exige. A história quer.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan)