As novas contratações anunciadas pela Ponte Preta abrem um leque de opções. Quando Jorginho sentar no banco de reservas sabe que não poderá ficar entregue ao estado de paralisia. Não pode ser inerte e preso a um único esquema tático. Diversas formações podem ser pensadas e planejadas, tanto para o transcorrer do jogo como para uma escalação inicial.
Hoje a Macaca tem três atacantes de referência: João Carlos, Thiago Marques e Roger. Como Marquinhos atua como um autêntico armador pelo lado ou segundo atacante, pode-se presumir que são três nomes para uma vaga.
Engano.
Roger já atuou como segundo atacante em diversas passagens da carreira. Em dado momento, assim como ocorreu contra o Atlético-GO, ele pode ser deslocado para o lado do campo e João Carlos ou Thiago Marques serem acionados para trombarem com os oponentes. Vou além: não é delírio pensar em Roger como um jogador vindo de trás, obcecado pelo passe ao atacante de plantão.
O leque começa a melhor no meio-campo. Hoje, na prática, a Macaca tem apenas um armador, que é Matheus Vargas. Será natural Renan Motta assumir a titularidade, assim que for apresentado. Para furar retrancas não descarto a escolha de uma formação com Vargas e Renan Motta. Mais: Com Isac e Guilherme Guedes disponíveis para a lateral-esquerda, Diego Renan pode ser testado como um meia de armação ou até um segundo volante para chegar com qualidade.
Por que? Camilo tem potencial técnico, é veloz, boa visão de jogo e por isso mesmo daqui a pouco começará a ser fiscalizado pelos oponentes. Aliás, já foi. Contra o Dragão Goiano, teve poucas incursões.
Não basta Camilo movimentar-se. Ou Roger tirar um coelho da cartola. Ou Matheus Vargas surpreender com um chutaço de fora da área. Campeonato longo e cheio de armadilhas, a segundona nacional pede elenco versátil e técnico criativo e antenado. Jorginho poderá provar novamente de que encaixa-se no perfil.
(Elias Aredes Junior)