Nove verdades e um desafio para o Guarani em 2017

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Uma brincadeira invadiu a internet. Pessoas são desafiadas a revelarem nove verdades sobre sua vida e colocar uma mentira para instigar o senso de análise dos seguidores e amigos. Como o jornalismo não faz pacto com a inverdade, o caminho trilhado aqui será diferente. Vamos destrinchar nove verdades e um desafio para o Guarani em 2017. Confira:

1-Após a conquista do vice-campeonato da Série C em 2016, a intenção da diretoria bugrina era reformular de maneira profunda o elenco e até buscar a manutenção de Marcelo Chamusca. Deu tudo errado. Horley Senna e Roberto Graziano entraram em litígio, os recursos excedentes acabaram e Marcelo Chamusca arrumou as malas para assumir o Paysandu.

2-Ney da Matta foi uma contratação feita diretamente por Horley Senna. Promovido a executivo de futebol após a saída de Rodrigo Pastana, o novo comandante Marcus Vinícius Beck preferia um técnico mais novo e de ideias arejadas. Mas entendeu-se bem com Ney da Matta nos primeiros dias de trabalho

3-Apesar dos resultados, Ney da Matta começou a encarar a corrosão de sua credibilidade por dois motivos: os métodos de treinamento considerados antiquados e ultrapassado por jogadores e dirigentes e o embate direto com Fumagalli, considerado o “presidente” do vestiário.

4-A vitória diante do União Barbarense foi insuficiente para segurar Ney da Matta. A maioria da diretoria executiva quis sua saída. O único resistente foi Horley da Senna, que  não aprovou a contratação de Maurício Barbieri, contactado por Marcus Vinícius

5-Após seis jogos e aproveitamento de 38,9%, Barbieri foi demitido após o empate por 1 a 1 com o Velo Clube. Decisão solitária tomada por Horley Senna, que na manhã seguinte contratou Oswaldo Alvarez, o Vadão.

6-A chegada de Vadão era uma aposta pessoal do presidente bugrino. O nome preferido da diretoria de futebol era Junior Rocha, ex-Novorizontino e Luverdense.

7-Vadão não fez alterações e ganhou a primeira contra o Água Santa. Preferiu transmitir tranquilidade e confiança. Venceu o Taubaté e após a goleada contra o Sertãozinho a torcida presente ao estádio Brinco de Ouro não gritou o nome de nenhum jogador e sim do técnico Vadão.

8-Eliandro, Bruno Nazário e Fumagalli são as peças ofensivas fundamentais do Guarani. Auremir e Lenon os operários imprescindíveis.

9-A oposição foi esmagada no Guarani. Prova disso é que Palmeron Mendes Filho e seu grupo foi eleito por Aclamação. De 1100 sócios em 2011 a agremiação tem hoje aproximadamente 509. E quem contesta alguma medida ou ideia é tachado como ser alguém do “contra”.

10- O desafio é a torcida do Guarani entender que nos últimos 20 anos infelizmente o clube caminhou rumo ao passado. Beto Zini entendia de futebol mas administrativamente foi ruim. Os sucessores fracassaram em todos os setores. Subiu na Série C em 2016 graças a Rodrigo Pastana, ao aporte financeiro de Roberto Graziano e aos jogadores e comissão técnica. Se subir na série A-2, o mérito será de Horley Senna (talvez um dos únicos acertos) que peitou diretoria e conselheiros e bancou a contratação de Vadão. E também dos jogadores e da comissão técnica. De mais ninguém.

(análise feita por Elias Aredes Junior- foto de Gabriel Ferrari-Guaranipress)