O desafio de Pintado no Guarani: ser o único treinador na campanha do acesso

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Com credibilidade junto ao torcedor do Guarani, o técnico Pintado sabe que está diante de um cenário para quebrar, especialmente ao enredo vivido pelo time bugrino quando disputa o acesso para a divisão de elite do Campeonato Paulista. A missão inicial é quebrar o tabu de uma campanha de acesso nunca contar com um único treinador do começo ao fim.

Na primeira vez, em 2007, Waguinho Dias começou a Série A-2 depois de conduzir o elenco na Série B do Campeonato Brasileiro do ano anterior, quando o Guarani foi rebaixado em virtude de uma punição da Fifa por causa da transferência do lateral-esquerdo Gilson. Na segundona regional, o começo foi decepcionante com duas vitórias, cinco empates, três derrotas e um aproveitamento de 36,7%. Ele foi demitido após o empate por 1 a 1 com o Mogi Mirim.

Seu substituto, o treinador e atual comentarista Carbone, aplicou a fórmula hoje repetida por Pintado e se deu bem: lançou garotos como os zagueiros Xandão e Danilo Silva e colheu sete vitórias, seis empates e apenas duas derrotas, um aproveitamento de 60%.

Quatro anos depois, o filme se repetiu. Argel Fucks foi contratado e sua trajetória não decepcionou pois em 13 jogos foram sete triunfos, três empates e três derrotas, com aproveitamento de 61,0%. A situação, no entanto ficou insustentável após ser goleado pelo Pão de Açúcar por 5 a 0. Foi substituído por Vilson Tadei, que somou seis vitórias, cinco empates e uma derrota na Série A-2, com 63,9% dos pontos conquistados, de acordo com o historiador bugrino José Ricardo Lenzi Mariolani.

O desafio de Pintado é fazer com que a campanha do acesso tenha um único treinador. Do começo ao fim.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior- Foto Rodrigo Villalba)