O Guarani jogou mal contra o Náutico? Sim. Mas foi diferente em relação ao passado. Leia e entenda

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Se existe algo bem subjetivo no futebol é o conceito de jogar mal. Em determinadas ocasiões, se sou um defensor de um estilo defensivista entra neste modelo  de críticas quem deixa seu time aberto.

Em outras, eu posso ficar decepcionado com aqueles que jogam apenas por uma bola. A Grécia, campeã da Eurocopa de 2004, nunca jogou bem em minha concepção de bola.

Jogar de modo decepcionante é entender que o potencial do time não foi explorado de modo satisfatório. No atual Guarani, o time titular já deu três demonstrações de como jogar mal e de maneiras diferentes.

Quando jogava mal sob o comando de Thiago Carpini, o que prevalecia era o toque de bola excessivo, a ausência de conclusões e falta de por vezes de capacidade em demonstrar força na marcação. Com Ricardo Catalá, em dado momento, mais do que jogar mal, você não detectava uma ideia, um planejamento de jogo.

O Guarani jogou mal contra o Náutico? Não há dúvida. Cristovam ainda não acertou o tempo adequado de marcação e não reeditou os seus bons momentos de Paraná. Murilo Rangel esteve apagado enquanto que Lucas Crispim e Pablo talvez tenham sido os mais regulares.

Apesar do rendimento técnico decepcionante, não houve alteração sobre a forma de jogar. A metodologia estava lá: tentativa de um jogo vertical, ofensivo, de poucos toques e com recomposição rápida.

Vamos pensar por outro lado: talvez seja um sinal de que os movimentos, o posicionamento e o dinamismo de jogo estejam sendo feitos de modo quase automático. Sinal de que o trabalho está sendo bem feito. E que a recuperação será obtida. Basta paciência.

(Elias Aredes Junior)