Oyama chega na Ponte Preta e coloca mais pressão sobre Brigatti

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A Ponte Preta viabilizou a contratação do volante Luis Oyama, de 23 anos, revelado pelo Mirassol. Leve, rápido, dotado de boa técnica, o atleta chega para ocupar a vaga de titular em virtude das atuações irregulares dos volantes pontepretanos no Campeonato Paulista.

Nas redes sociais, o clima entre os torcedores pontepretanos, em relação a Série B, beira a euforia desvairada, em virtude das contratações realizadas. Só devemos alertar que o clima de alto astral esteve presente antes do Paulistão começar e deu no que deu.

Diante disso, deve-se perguntar o que pode fazer diferente. Simples: é verificar se os atletas contratados estão inserido dentro da filosofia do treinador. Se formos comparar com os trabalhos anteriores de Brigatti, a resposta é não. Motivador nato e que utilizava o aspecto tático para temperar a competitividade de suas equipes, o ex-goleiro pontepretano sempre calcou sua atuação no fortalecimento do sistema defensivo ao invés do ataque.

Por isso o elogio feito a determinação do técnico em buscar conhecimento e reciclagem. O próprio Brigatti deve reconhecer que jamais na sua carreira teve a chance de trabalhar com um elenco com tai características. Exemplo: será que ele teve em mãos dois armadores com a qualidade de Camilo e  João Paulo? Vai jogar com os dois? Ou com apenas um jogador? Só os treinamentos vão dizer.

Encaixar Roger em tal contexto e fortalecer um posicionamento defensivo debilitado são os outros desafios. Só que existe um contraponto: quanto mais a diretoria contrata, maior fica a pressão sobre Brigatti. Na Série B, terá que demonstrar resultados de modo rápido. Não sou eu que defendo isso. E a expectativa das arquibancadas que criou o cenário. Tomara que esteja consciente de que, independente do que ocorrer na reta final do Paulistão, a Série B poderá representar uma virada na sua carreira e da Ponte Preta. Não dá para vacilar.

(Elias Aredes Junior)