Palmeron e Guarani: falta sabedoria e sobra insensibilidade na relação com Nenê Zini

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Palmeron Mendes Filho é um elefante em uma loja de louças. Não faz por mal, mas suas atitudes resultam em trapalhadas. Um exemplo disso está na sua condução do debate do processo de terceirização. Em entrevista á Rádio Bandeirantes na quarta-feira, ao ser perguntado se uma possível vitória de Roberto Graziano para comandar o futebol bugrino, sua resposta foi essa: “Não existe a mínima possibilidade de que esses parceiros deixem o Guarani, o Nenê Zini e membro do Conselho (Deliberativo), a família dele tem uma história rica de grandes trabalhos prestados ao Guarani, temos atletas que tem a carreira gerenciada pelo Nenê e que tem contrato com o Guarani. Na hipótese de fechar com o Grupo Magnum, com toda certeza o Nenê continuará tendo esse bom relacionamento com o Guarani, tenho certeza que participará efetivamente da vida política do Guarani”, disse o presidente. Pausa para risos.

Quem conhece os bastidores do Guarani sabe décor e salteado de que todos os gestos de boa vontade de Palmeron neste ano de 2018 foram direcionados ao proprietário da Magnum. É de bom tom que a gente fique no lugar em que somos acolhidos. Como Nenê Zini pode ter tal garantia?

Nenê Zini  já recebeu deste Só Dérbi diversas críticas por decisões e posturas no cotidiano do clube. Agora, é inacreditável o desconhecimento do Conselho de Administração da força de Zini no mundo do futebol. Não, não é para ajoelhar-se e lamber os pés do interlocutor. Nada disso.

Só que é uma atitude temerária distanciar-se de uma pessoa responsável pela carreira de atletas como Roberto Firmino e Victor Hugo. Na atual conjuntura do futebol brasileiro, queiramos ou não, Nenê Zini é um player de ponta. Por enquanto, a condução do processo é voltada muito mais para afastá-lo do que para aglutiná-lo.

Só existe ele de empresário de futebol? Claro que não. O Guarani pode e deve relacionar-se com outros profissionais do ramo. Só que o atual grupo político já não tem o apoio dos ex-presidentes Álvaro Negrão, Marcelo Mingone, Leonel Martins de Oliveira e Horley Senna. E agora faz força para catapultar a família do único ex-presidente que dá apoio e suporte. Onde querem chegar?

Para 2019, o Guarani não precisará apenas de técnicos, jogadores, vitórias e boas colocações. Dinheiro não será suficiente. Uma boa dose de sabedoria viria bem a calhar.

(Análise feita por Elias Aredes Junior)

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