Palmeron Mendes Filho será herói ou vilão dentro da história do Guarani?

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Quando saiu da presidência do Guarani, em 2006, José Luis Lourencetti foi reconhecido como o pior presidente da história. Cinco rebaixamentos entre competições nacionais e internacionais, finanças destruídas e autoestima abalada na torcida foram alguns dos “legados” construídos.

Eis que veio Leonel Martins de Oliveira. Além da falta de evolução na parte administrativa, o veterano dirigente amargou o rebaixamento no Campeonato Paulista de 2009 e no Brasileirão de 2010, um sentimento recompensado pelos acessos de 2008 na terceirona, na segundona da Série B em 2009 e na Série A-2 de 2011.

Como não administrou o conturbado clima político, Leonel abriu espaço para Marcelo MIngone, que apesar do vice-campeonato paulista de 2012 foi o autor intelectual do rebaixamento da Série B de 2012. Nova crise política e Álvaro Negrão sentou na cadeira e assistiu a queda na lanterna do Paulistão de 2013.

Horley Senna apareceu. Se por um lado pode bater no peito e anunciar aos quatro ventos que não caiu de divisão, também é verdade que o acesso na terceirona no ano passado só obteve graças a interferência e investimento do empresário Roberto Graziano, que deu aval para Rodrigo Pastana e Marcus Vinicius Beck Lima no departamento de futebol profissional. Horley Senna esteve longe de ser um gênio. Muito longe.

O nome da vez é Palmeron Mendes Fillho. Aos poucos, demonstra características que lhe aproximam muito mais de uma condição de decepção do que de um estadista inesquecível do porte de Jaime Silva e Ricardo Chuffi.

Seu principal problema atende pelo nome de coerência. Louvável sua atitude de bancar a permanência de Marcelo Cabo após a goleada sofrida diante do Paraná. Só que o crédito esfarelou-se com seu desaparecimento após o empate sem gols com o Criciúma. Ficou a sensação de que deixou o treinador aos Leões. Sem dó nem piedade.

Para o bem e mal, involuntariamente Palmeron fincou a montagem de parte do elenco sobre as costas de apenas um empresário – Nenê Zini- e não  adota um discurso harmônico e uníssono com os outros integrantes do Conselho de Administração. Resultado: confusão na certa!

Se não ocorrer mudança brusca em médio e longo prazo, o Guarani, além de correr o risco de amargar uma nova queda, poderá contar com um dirigente que entrará na história muito mais por seus defeitos do que por suas qualidades. O que seria uma tragédia sem precedentes.

(análise feita por Elias Aredes Junior)