Ponte Preta adia reapresentação e deixa futuro de Marcelo Chamusca em xeque

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O futuro de Marcelo Chamusca na Ponte Preta pode ser decidido nesta quarta-feira. A diretoria do clube, depois da derrota para o Brasil de Pelotas, resolveu adiar a reapresentação do elenco para quinta-feira à tarde, no Centro de Treinamento do Jardim Eulina, e deixou a pista de que mudanças efetivas podem acontecer no comando técnico.

Pressionado e em crise, graças à série de oito jogos sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro, a cúpula alvinegra avalia o futuro do time nas nove rodadas finais. Nesta quarta-feira, José Armando Abdalla Júnior, presidente, e Marcelo Barbarotti, gerente de futebol, vão ser reunir para definir os próximos passos na competição.

O que pesa contra a Macaca, neste momento, é a falta de opções no mercado da bola. João Brigatti, por exemplo, depois de pedir dispensa no começo de setembro, está empregado no Paysandu. Assim, os mandatários têm trabalho redobrado para escolher, com convicção, o nome mais adequado para apagar o incêndio e livrar o time de novo rebaixamento.

Em entrevista coletiva, minutos depois do tropeço para o Xavante, Chamusca despistou sobre risco de demissão. “O desempenho é muito pouco para o que a gente precisa. Necessitamos de uma sequência de resultados e não consegui isso nos cinco jogos. Eu tenho uma parcela grande de responsabilidade porque sou treinador. Quando aceitei a proposta, vim sabendo da responsabilidade e das dificuldades que enfrentaria. Na época, estava pegando uma equipe que vinha em momento difícil e com pouco tempo útil de treinamento. Infelizmente, não tivemos os resultados e melhoramos muito pouco na performance em campo”, argumentou.

“Eu vim para Campinas na tentativa de realizar um trabalho e estou realizando. É a única coisa que posso falar. Esse tipo de questionamento tem de ser feito para o clube e não para mim. Cheguei para trabalhar até o final da Série B, quando se encerra o meu contrato. Vou continuar fazendo e procurar dar o máximo no meu trabalho. Porém, o problema da Ponte Preta não é só o Marcelo Chamusca. Aliás, está muito longe disso”, emendou.

Sem vencer desde a metade de agosto, a Alvinegra tem seis pontos a mais em relação ao Juventude, primeiro integrante da zona de rebaixamento e pode perder duas posições na tabela dependendo dos resultados de Coritiba e Criciúma. O próximo compromisso da equipe acontece no sábado, 06 de outubro, véspera das eleições, diante do CRB, novamente em Campinas.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)