A Classificação está longe de ser desastrosa. A Ponte Preta soma 36 pontos e encontra-se na sétima posição e um ponto atrás do Juventude, quarto colocado. Pode e deve sonhar com o acesso. Repito: pela pontuação. Se olharmos para o desempenho, não existe um único torcedor satisfeito com o rendimento observado no gramado.
A vitória contra o Oeste não escondeu o quadro: time previsível, sem imaginação e que depende do brilho de atletas como Apodi e Bruno Rodrigues. Quando estão marcados, o quadro é desesperador. Não há saída.
Não há como deixar de mirar na comissão técnica e especificamente no técnico Marcelo Oliveira.
Esperava-se mais de Marcelo Oliveira. Muito mais. Imaginação, movimentação, variação de jogadas…Tudo aquilo que ele já exibiu em trabalhos anteriores. Não aparece agora.
Pior: o seu discurso é uma mistura de negação da realidade com o otimismo sem nexo e temperada com uma sinceridade inócua, pois o diagnóstico não vem acompanhada de ações efetivas. “Essa competição é muito disputada, a concorrência é grande, mas não vejo nenhum time que a gente não possa ganhar e não existe jogo fácil. Prova disso é o jogo contra o Oeste”, disse o treinador. Discurso bonito, mas que no fundo, esconde a sua responsabilidade para fazer o time jogar mais e melhor.
Para as suas condições financeiras, a Macaca investiu alto ao trazer Marcelo Oliveira. Já passou da hora do desempenho ser melhor. Bem melhor.
(Elias Aredes- foto de Álvaro Junior-Pontepress-Divulgação)