Ponte Preta e Guarani já entraram em campo por 12 oportunidades na Série B do Campeonato Brasileiro. O alviverde tem 16 pontos enquanto que a Macaca acumulou 15.
O histórico da competição mostra que o quarto colocado precisa acumular de 30 a 34 pontos para ficar na quarta colocação ao final do primeiro turno. Aproveitamento entre 71,42% e 90,47%. Sem enrolar: as duas campanhas são decepcionantes para quem almeja o acesso.
Os motivos que provocaram o desempenho pífio são diversos.
Na Macaca, pode-se enumerar as oscilações dentro de casa e a qualidade técnica duvidosa de alguns jogadores, como o centroavante Junior Santos e o lateral-direito Igor. Podem melhorar? Pode. É possível? Só que a impressão inicial é ruim. Muito ruim. Sem contar o problema presente desde o começo do ano, a ausência de um modelo de jogo e uma fisiologia de trabalho.
O ano começou com a aposta nos garotos e depois passou ao oferecimento de holofotes para quem deseja um lugar ao sol. Não ficou uma coisa e nem outra. Agora temos um caminho focado em técnicas motivacionais, capitaneado por Brigatti.
E o Guarani? Convenhamos: para quem foi campeão da Série A-2, a expectativa era por brigar por posições mais altas. O que não deu certo? A dificuldade de acertar a característica da competição não pode ser esquecida.
Série B exige marcação atenta , superação e uma leitura aguçada daquilo que exige os adversários. Detalhe: isso não depende somente da comissão técnica.
Existe outro componente: a incapacidade do departamento de futebol em atender a comissão técnica para sustentar o modelo de jogo da Série A-2, calcado na velocidade. Arregimentar jogadores talhados para um jogo cadenciado ficou como sabotagem involuntária. Não há técnico que consiga trabalhar com tantos desencontros.
Esperar pelos dois derbis é insuficiente. Pouco. O futebol campineiro, pela sua história, alcance e tradição deveria lutar pelo G-4. Parece ficar satisfeito com a zona intermediária. Uma pena.
(artigo feito por Elias Aredes Junior)