Ponte Preta e Guarani precisam de um Rogério Ceni para deixarem o Século 20

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Gilson Kleina fez história na Ponte Preta. Guto Ferreira conquistou feitos notáveis no Majestoso. Oswaldo Alvarez tem nome marcado na historia dos dois clubes. Umberto Louzer está com seu nome gravado na galeria de técnicos campeões do Guarani, ao lado de Zé Duarte e Carlos Alberto Silva. Jorginho é sinônimo de vice-campeonato na Copa Sul-Americana. São nomes firmados no mercado da bola e com serviços prestados ao futebol campineiro. Com todo o respeito que eles merecem, algo precisa ser dito: precisamos de um Rogério Ceni.

Não digo pela conquista do acesso antecipado com o Fortaleza. Ou pelo futebol com forte disciplina tática e variedade nas escalações. Ou o estabelecimento de uma boa relação com o torcedor do Tricolor de Aço. Vai além.

Rogério Ceni mudou a história do Fortaleza ao bater o pé e exigir uma melhoria da estrutura. Os treinamentos foram transferidos para o Centro de Treinamentos em Maracanaú (região metropolitana de Fortaleza). E pediu melhorias no local. Foi atendido.

Ceni não abriu mão da construção de uma academia, um hotel e um museu, e todas foram acatadas pelo departamento de obras do Leão. Ocorreu melhoria na parte da alimentação, com reformulação nos cardápios, e acomodações mais confortáveis aos atletas. Sem contar que a diretoria efetuou compras de equipamentos, reformas na estrutura física, detalhes na cozinha e refeitório, nos alojamentos, e nos campos. Ou seja, o acesso não é produto apenas de um arroubo de treinador e do talento dos jogadores. É fruto de uma preocupação de um ex-atleta de querer viver um ambiente de excelência.

Detalhe: não culpo os treinadores que passaram por aqui. Ou porque chegaram na condição de bombeiros ou porque sempre assumiram com a obrigação de mostrarem serviço e buscarem um lugar ao sol. Automaticamente, não tinham força para reivindicar melhorias nas condições de trabalho. Quanto aos dirigentes bugrinos e pontepretanos a incompetência é escancarada: o futebol avança, rivais  melhoram sua estrutura e os clubes campineiros ficam parados no tempo. Vide o que oferecem Ceará, Criciúma, CRB para trabalhar e compare com os clubes campineiros.

Talvez só um ídolo incontestável pode mudar esse quadro tanto no Brinco de Ouro como no Moisés Lucarelli.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Na Ponte isso é praticamente impossível Elias, a diretoria só quer vender jogadores e encher os bolsos de empresários de dinheiro !! …. enquanto tiver essas pessoas que só pensam no bolso nunca cresceremos