Ponte Preta e Londrina: as diferenças que produzem obstáculos que ninguém vê!

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À primeira vista podemos imaginar que o equilíbrio será a marca de Ponte Preta e Londrina, marcado para o próximo sábado, no estádio Moisés Lucarelli. Em duas rodadas, somaram três pontos e a performance defensiva e ofensiva é igual: um gol para cada lado. Mas é preciso um pouco de cautela. O que parece nivelado pelo lado externo é a capa de diferenças marcantes.

O Londrina é uma equipe empresa. Comandado por mão de ferro por Sérgio Malucelli e que tem Ocimar Bolicenho como seu principal executivo. Tem uma base formada há vários anos, a partir do trabalho de Claudio Tencati, e que tem na força defensiva a sua principal virtude. Na sua primeira participação de segundona nacional em 2016, o Tubarão tomou 29 gols em 38 rodadas.

No ano seguinte, ocorreu uma queda de qualidade, com 46 gols sofridos. Independente dos números, a obsessão em trancar a defesa é o perfil desejado. Prova disso é que, desde a chegada de Marquinhos Santos, foram quatro em sete partidas. O  volante Lorenzi, exalta o desempenho e não esconde as pretensões. “A média é de time para subir. Time que chega é time que toma poucos gols. Equipe que toma menos de um gol partida é time que vai chegar. Eles (zagueiros) estão fazendo um excelente trabalho, junto com toda equipe. Tenho certeza que, jogo após jogo, o nível vai aumentar ainda mais”, afirmou o jogador.

E a Ponte Preta? Está no início de construção de um perfil, um cenário reforçado após a vitória contra o Criciúma. Doriva ainda tateia algumas opções e modelos de jogo. Evita a todo custa apelar para a ligação direta e pelos lados do campo é a sua aposta. Por isso que a ausência de Orinho é a mais sentida. Não só pela sua qualidade técnica, mas porque perde uma chance de firmar ainda mais o perfil de uma equipe com profundidade e velocidade pelas beiradas.

Apesar das arquibancadas vazias, a Macaca pode – e deve – vencer, especialmente se tiver Danilo Barcelos. Mas não se pode perder de perspectiva de que a caminhada apenas começou e o oponente está com um trabalho consolidado e vencer alguém com esse perfil é uma pitada a mais de otimismo para a equipe na rodada seguinte encarar o clássico com o Guarani sem a presença de sua torcida.

(análise feita por Elias Aredes Junior)