Ponte Preta e sua meta: jogar o que sabe. Sem inventar. Já será um ganho!

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A Ponte Preta fez uma partida quase perfeita diante do Figueirense na etapa inicial. Marcou com precisão, atacou com eficiência pelos lados e soube aproveitar uma falha do goleiro Denis para abrir o placar. No segundo tempo, a defesa não titubeou e o segundo gol de Saraiva foi o coroamento de um planejamento bem pensado pelo técnico Brigatti.

Fora de casa, a Macaca é letal. Contundente. Por que não consegue exercer idêntico domínio em casa e amarga  aproveitamento de 27,77%? Resposta: porque não assume o que realmente é.

Sejamos sinceros: o elenco é limitado. Não dispõe de um armador para trabalhar com eficiência, Júnior Santos está longe de ser o atacante de referência dos sonhos, João Vitor comete falta jogo sim e não e Danilo Barcelos pega muito bem na bola, mas não é Júnior, do Flamengo, ou Roberto Carlos. Nutre falhas de marcação que beiram ao nonsense. Sem contar que Igor é sujeito a chuvas e trovoadas. Diria tempestades.

Tais debilidades explicam os esforços para tomar iniciativa dentro de casa. O que justifica adiantar a marcação dentro do Majestoso se todos sabemos que, por vezes, os zagueiros ficam expostos aos contra-ataques do oponentes? Com tanto espaço, como evitar as faltas utilizadas como salvação da pátria pelos adversários? Lembre-se do que aconteceu contra o CSA e saberá do que falo.

Jogar como time pequeno? Nada disso. É atuar de acordo com suas características.

O estádio Moisés Lucarelli estará cheio para o confronto diante do líder Fortaleza. Que a Macaca aplique a receita dos humildes. Marque atrás da linha da bola, bloqueie os espaços dos laterais adversários e utilize a velocidade de André Luís não só para desafogar como também para criar e ameaçar.

A torcida vai reclamar? Desculpem os desavisados, mas, neste caso, é preciso compreensão. O foco é alcançar o patamar desejado, a região de classificação à divisão de elite. A Ponte Preta é um time de contra-ataque. Ponto final. Que faça os oponentes sentirem o veneno em Campinas que o acesso passa a ser palpável.

(análise feita por Elias Aredes Junior)