Ponte Preta e uma verdade irrefutável: todos são culpados!

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Tenho três personagens para destacar: José Armando Abdalla Junior, Sebastião Arcanjo e Marco Antonio Eberlin. Três ex-presidentes da Ponte Preta. E que de certa forma podem ser apontados como protagonistas de um processo de depauperação da Ponte Preta e que começou a partir de 2017, quando a Macaca, sob o comando de Vanderlei Pereira na presidência caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro e ainda precisou administrar diversas ações trabalhistas.

A Ponte Preta vive uma crise institucional, política e administrativa. E o que se vive no gramado é apenas a consequência de anos e anos de disputas, brigas e cisões. É tentador culpar única e exclusivamente Marco Antonio Eberlin pelo atual quadro. Afinal, ele protagonizou a vergonha de cair para a Série A-2 do Campeonato Paulista e a Macaca não consegue sair da zona do rebaixamento. Quem montou o time? Eberlin. Então, ele é total responsável pelo quadro vigente na Ponte Preta. De 0 a 10, a nota dele para a condução no futebol? Muito, mas muito baixa. Deixo para você fazer a avaliação.

O que devemos entender é que Eberlin não é protagonista único do processo. Ele é participante de um processo. E pistas são dadas dia após dia. Uma delas foi concedida pelo Globo Esporte.com, em reportagem assinada por Heitor Esmeriz.

Nela, você toma conhecimento de que a Macaca desde o ano passado, ficou 15 rodadas dentro da zona degola nas 51 disputadas até agora entre a última edição, quando escapou da Série C na reta final, e a atual. Isso representa 29,4% das rodadas no Z-4. E no ano passado?

Quem era o presidente? Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. Ou seja, a ausência de excelência não é privilegio da atual gestão. Como também não se pode esquecer que José Armando Abdalla, excetuando-se a campanha de 2018, quando ficou na quinta posição, apenas e tão somente se contentou em enxugar gelo. Ou seja, não buscou fazer a Macaca subir de patamar queiram ou não.

Leve em conta ainda que em 2006, quando a Macaca caiu para a Série B, o presidente era Série B; em 2013, o mandatário era Márcio Della Volpe; em 2017, Vanderlei Pereira dava as cartas. No Paulistão, Eberlin foi o responsável pela debacle. Ou seja, todo mundo tem um rebaixamento para chamar de seu. Ninguém pode estufar o peito e dizer que está ileso da decepção e do fracasso.

Ah! E não é de bom tom também acreditar cegamente que os componentes do DNA Pontepretano são melhores do que os outros apenas e tão somente porque são ricos e bem sucedidos. Isso resvala em preconceito de classe. Até porque o próprio DNA tem componentes que participaram das ultimas gestões. Inclusive daquelas que foram fracassadas.

Qual a solução? A saída seria encontrar alguém com o perfil do ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre. Alguém acima das disputas políticas, que não estivesse ligado com ninguém grupo político ou personalidade da vida pontepretana e que colocasse a modernidade, a ciência do esporte como norma de conduta. Só existe um problema: esta pessoa não existe. Triste. Que Deus dê paciência ao torcedor pontepretano.

(Elias Aredes Junior)