Após dezesseis rodadas no Brasileirão, os 20 clubes da Série A utilizaram 541 jogadores, média de 27 jogadores por clube. O São Paulo, um dos mais ativos no mercado da bola, foi o time que mais utilizou jogadores até aqui (30), seguido por Avaí, Vitória e Ponte Preta (29 cada). Por outro lado, Corinthians (23) e Fluminense (24) foram os que menos utilizaram.
E dos 541 jogadores que entraram em campo nesse Brasileiro, 149 são oriundos das categorias de base dos clubes (27,5%). Sendo que 132 subiram diretamente da base para o profissional, enquanto outros 17 chegaram a ser emprestados antes de retornar ao clube onde foi revelado. Há casos também em que jogadores saíram, fizeram suas carreiras e retornaram. Casos de Aranha e Rodrigo na Ponte Preta ou Fagner e Jô no Corinthians.
O Fluminense, com 16 jogadores, é o time com mais atletas da base nesse Brasileirão, sendo que todos vieram direto das categorias de base. Apenas Marcos Junior não foi promovido por Abel Braga. O clube carioca colocou em campo, então, 59% dos atletas formados em Xerém no Campeonato Brasileiro. Nessa porcentagem, depois do Flu, aparecem Grêmio (43%) e Atlético-MG (41%). Por outro lado, o lanterna Atlético-GO, que colocou dois jogadores da base nesse Brasileiro e Palmeiras (que usou apenas três), são os clubes com menos atletas da base.
Acontece que a Ponte Preta é o terceiro time que menos utilizou jogadores da categoria de base. Se considerar que Aranha e Rodrigo foram promovidos há muito tempo, saíram do clube e retornaram recentemente, apenas Jeferson, Yuri e Felipe Saraiva atuaram nessa edição da competição. Ravanelli também jogou na primeira rodada, mas foi negociado.
JOGADORES DA BASE
Atlético-GO
Luiz Fernando e Silva
Atlético-MG
Cleiton, Rodrigão, Jsiel, Alex Silva, Gabriel França, Ralph, Thalis, Lucas Cândido*, Leonan, Yago e Marquinhos
Atlético-PR
Santos, Cleberson, Zé Ivaldo, Cascardo, Nicolas, Otávio, Matheus Rosseto, Matheus Anjos, Yago e Douglas Coutinho*
Avaí
Caio César, Lourenço, Romulo, Santarém e Matheus
Bahia
Jean, Rodrigo Nascimento, Éder, Junior Brumado, Douglas Silva e João Paulo
Botafogo
Marcelo, Igor Rabello, Emerson Santos, Wenderson, Leandrinho, Matheus Fernandes, Fernandes, Vinicius Tanque, Renan Gorne, Pachu e Lucas Campos
Chapecoense
Douglas Grolli*, Lucas Mineiro, Rafael, Perotti, Lourency e Luiz Felipe
Cruzeiro
Lucas Silva*, Élber*, Judivan, Alex Apolinário e Alisson
Corinthians
Léo Principe, Guilherme Arana, Fagner*, Léo Santos, Pedro Henrique, Maycon*, Jô* e Pedrinho
Coritiba
Thalisson Kelven, Rodrigo Ramos, Dodô, Keirrison* e Romércio
Flamengo
Tiago, Juan*, Léo Duarte, Lucas Paquetá, Matheus Sávio, Vinicius Junior e Felipe Vizeu
Fluminense
Marlon, Frazan, Léo, Nogueira, Mascarenhas, Douglas, Robert, Marlon Freitas, Matheus Norton, Alessandro, Luiz Fernando, Luquinhas, Wendel, Calazans, Marcos Junior e Pedro
Grêmio
Marcelo Grohe, Léo, Thyere*, Denilson, Jailson, Kaio, Machado, Arthur, Lincoln, Conrado, Pedro Rocha e Pepê
Palmeiras
Thiago Martins, Gabriel Furtado e Matheus Iacovelli
Ponte Preta
Aranha*, Rodrigo*, Felipe Saraiva, Jeferson e Yuri
Santos
Vladimir, Lucas Veríssimo, Daniel Guedes, Zeca, Vitor Bueno, Alison*, Thiago Maia, Serginho e Arthur Gomes
São Paulo
Rodrigo Caio, Lucão, Junior Tavares, Militão, Araruna, Lucas Fernandes, Shaylon e Luiz Araujo*
Sport
Evandro, Everton Felipe*, Thallyson, Patrick Sales, Samuel, Rithely e Juninho
Vasco
Henrique, Alan Cardoso, Guilherme Costa, Matheus Vital, Andrey, Evander, Bruno Cosendey, Paulinho, Caio Monteiro, Paulo Vitor e Thalles*
Vitória
Caique, Euller, Ramon, Jhemerson, Rafaelson e David
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
Muito boa a análise e muito boa a atitude do Fluminense. Atletas da base possuem um salário pequeno, enxugando bastante a folha. Além disso, há a possibilidade da criação de ídolos e da venda de jogadores por milhões de reais.
Fosse eu dirigente do Guarani, estipularia em estatuto que pelo menos um terço do elenco fosse oriundo da base.
Vi uma reportagem de jogadores dos anos 2000 e, destes, na matéria dizia que Gabriel Furtado não é da base do Palmeiras e, sim, do Paraná. Pela rápida pesquisa que fiz, parece que é isto mesmo.