Ponte Preta, Hélio dos Anjos e a necessidade de buscar novos talentos para o banco de reservas

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Quando concedeu entrevista a Rádio Brasil na última segunda-feira, dia 19 de setembro, o técnico Hélio dos Anjos fez questão de enaltecer treinadores que foram importantes em sua trajetória como Claudio Coutinho e homenageou outros que mereciam distinção, como Otácilio Pires de Camargo, o Cilinho.

Ele soube fazer a distinta homenagem e chamar atenção para uma caracteristica perdida pela Macaca nas ultimas décadas, a de ser um farol para formar e projetar treinadores. Antes que você me eleja como injusto quero recordar que Guto Ferreira , Gilson Kleina e Jorginho, antes de ganharem holofotes com seus trabalhos no Moisés Lucarelli eles tinham já tinham serviços e resultados prestados em outros clubes.

E sim, concordo que Cilinho começou no Gazeta, mas a explosão mesmo ocorreu na Ponte Preta. Tanto que foi gerado os cilinistas, talvez o único caso do mundo em que um clube de futebol tinha um grupo político que tinha as ideias em torno de um técnico.

A referência perdida a que em refiro e que de certa forma Cilinho provoca recordações é a do treinador formado no Majestoso, desde as categorias de base, com resultados sólidos no Sub-17 e Sub-20 até chegar ao time principal. Talvez o exemplo mais eloquente tenha sido o de Marco Aurélio Moreira, que começou nas divisões inferiores da Macaca e depois, além de obter bons resultados no time profissional ainda fez carreira nacional e internacional. 

Pior: a Macaca teve duas chances de ouro nos últimos anos e jogou fora de maneira inapelável.

A primeira foi com Leandro Zago, com resultados nos times Sub17 e Sub20 e posteriormente com frutos saborosos com revelação de atletas. Seu atleta foi sugado pelas disputas políticas que corroem o ambiente pontepretano. E não podemos esquecer de Fábio Moreno, que buscou implantar o jogo de posição e considerou que não encontraria resistência. Ledo engano. O conservadorismo deu suas caras e ele não continuou seu trabalho.

Hoje, uma luz de esperança é acesa nas categorias de base da Macaca. Não é apenas porque os times fazem boa campanha em seus respectivos campeonatos. Fato é que em um futuro muito próximo todos os nomes envolvidos na construção deste desempenho podem ambicionar retomar esta tradição e viabilizar um técnico com começo, meio e fim na Macaca.

A presença de Hélio dos Anjos é uma garantia de muito ensinamento pode ser absorvido e uma retaguarda pode ser arquitetada quando ocorrer a necessidade de viabilizar o lançamento de um novo talento do banco de reservas. Vamos Aguardar.

(Elias Aredes Junior com foto de Diego Almeida-Pontepress)