Ponte Preta: muitas faltas, passes errados e finalizações no Paulistão

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O início da Ponte Preta no Estadual é titubeante. O time ocupa o segundo lugar no Grupo D com 11 pontos – atrás do Mirassol com 13, mas ainda não demonstrou um futebol convincente, principalmente nas partidas contra Linense e São Paulo (fora de casa) e contra o São Bernardo, no último sábado, quando a torcida vaiou o treinador Felipe Moreira.

A explicação, a boa e a ruim, está nas estatísticas. Um levantamento feito pelo repórter Vinicius Bueno, através dos Footstats, ajuda a entender a campanha da equipe comandada após cumprir 50% da primeira fase do Paulistão.

FORÇA OFENSIVA
A equipe alvinegra tem o quinto melhor ataque (ao lado de Audax e Linense) com 9 gols. O melhor ataque é o do São Paulo, que marcou 17, seguido por Mirassol (13), Santos (12) e Palmeiras (11). O destaque da Ponte Preta é William Pottker, vice-artilheiro do Paulistão, com 4 gols.

Mesmo com 9 gols, a Macaca é o 11º time da competição em finalizações certas. De 65 tentativas, 25 foram em direção ao gol (média de 40% de aproveitamento por partida).

FALTA DO CAMISA 10
A busca por um camisa 10 justifica-se no aproveitamento de passes. O time de Felipe Moreira só acertou mais passes que o Ituano e o Botafogo. 14ª colocada no quesito, foram 1517 passes certos e 213 errados. Matheus Jesus, com 154 passes corretos, é o destaque da equipe no meio-campo.

Responsável pelo setor de criação nos últimos jogos mesmo atuando improvisado, Lucca não apresenta bons números para um armador. Com apenas 37% de aproveitamento, é o nono na equipe em aproveitamento nos lançamentos (101º no Paulistão).

AGRESSIVIDADE
Outro ponto que chama atenção na característica do time em 2017 é o número de faltas. A Ponte Preta é o quinto time com mais quantidade de faltas na competição, sendo 97 em seis rodadas. Matheus Jesus, com 15, e Fernando Bob, 11, são os atletas mais faltosos do time de Felipe Moreira.

A Macaca também se destaca negativamente por ser o segundo time com mais cartões amarelos (19).

(Texto e reportagem: Júlio Nascimento)