Ponte Preta: o que fazer para ultrapassar com êxito o período de transição antes da formação de um novo time?

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A Ponte Preta inicia no domingo a sua escalada no Campeonato Brasileiro. Expectativa nas alturas por parte do torcedor em virtude do retrospecto positivo recente. Oitava colocação no Brasileirão do ano passado, vice-campeonato paulista e a classificação na Sul-Americana são motivos suficientes para aguardar uma continuidade no trabalho. Duro é constatar a existência de um calendário perverso, sem sentido e que faz a equipe passar por situações constrangedoras.

William Pottker já está no Internacional e Clayson encontra-se de malas prontas para ir ao Corinthians. A chegada de Claudinho não é suficiente para afastar a percepção de que uma nova equipe será remontada e que a velocidade por enquanto está aposentada. Pior: sem pré-temporada para reajuntar as peças.  Junte-se tal imprevisto a demora para contar com Emerson Sheik e a falta de opções  no mercado. Lógico, dentro do tamanho do bolso da Macaca. Fica a pergunta: o que fazer? Como sair da ciladania? Existem diversas estratégias que não foram utilizadas pelo técnico Gilson Kleina e que podem ser utéis para minimizar o problema.

A aposta lógica é continuidade do esquema com três volante e a entrada de Wendel no lugar de Jadson, além de Renato Cajá, caso fique em forma. Ou a continuidade de Ravanelli. Neste cenário, as jogadas de bola parada são essenciais.

Os gols marcados contra o Corinthians e na cidade de La Plata são a semente de uma variável: a batida em diagonal de Ravanelli e a colocação de Elton e de Marlon na direção da pequena área. Quando um é acionado, o outro puxa a marcação. Funcionou perfeitamente. A tarefa é viabilizar estratégias que saiam a partir de cobranças de escanteio e até de faltas ocorridas na zona central do gramado.

Outro trunfo esquecido são os chutes de média e longa distância. Jogadores como Elton, Nino Paraíba e Lucca podem e devem arriscar mais. Tentar quando o espaço é aberto pelo oponente. Que pode ficar em maus lençóis se a Alvinegra momentaneamente além do desafogo com Nino utilizar a valorização da posse de bola no meio-campo se não quiser promover Lins como atacante no lugar de Clayson.

Repito: o que citei aqui são expedientes para serem utilizados nesta situação de  emergência. Se Kleina deseja repetir a formulação de defesa forte e busca do contra-ataque com velocidade, terá que contar com a diretoria para atender seus pedidos. Caso contrário, é bom pensar em novo cardápio. E de preferência que não provoque indigestão no torcedor.

(análise feita por Elias Aredes Junior)