Ponte Preta precisa ser visitante indigesto hoje para triunfar amanhã. Leia e entenda.

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Ninguém nasce pronto. Não há uma só pessoa na face da terra que possa dizer em alto e bom som que aprendeu seu oficio ou adquiriu maturidade em um estalar de dedos. Tudo é fruto de um processo. De erros e acertos. Vitórias e derrotas. O tropeço de hoje é a semente para a glória de amanhã. As derrotas são didáticas. Ensinam. Fazem com que a gente tenha em mente:  tudo é fruto de processo.

utilizo este espaço para reforçar algo já dito: para a Ponte Preta, a Série A-2 começa agora. Os oito jogos finais podem servir não somente para renovar o contrato do técnico Hélio dos Anjos como para também atenuar falhas e problemas que no primeiro semestre de 2023 serão inaceitáveis.

O principal ponto a ser trabalhado é o aproveitamento como visitante. Até agora, em 15 jogos são 11 pontos somados, com duas vitórias, cinco empates e oito derrotas. Para quem deseja a permanência na competição nacional é algo até aceitável desde que o aproveitamento em casa seja melhor. Agora na atual concepção da Série A-2 é inadmissivel.

Explico: no ano que vem, a Macaca já sabe que primeiro terá que se classificar entre os oito primeiros. Mas todos sabem que se quiser possuir algum tipo de vantagem nas fases decisivas é imperioso terminar entre os dois primeiros colocados. Em resumo: disputar o jogo decisivo no Majestoso. Ser o visitante indigesto.

Querem exemplos? A Portuguesa de Desportos. Campeã da segundona estadual deste ano, ela terminou na primeira posição na fase classificatória e nas quartas de final venceu os dois jogos contra o Primavera e na semifinal que valia o acesso venceu o primeiro jogo por 1 a 0 na casa do adversário e disputou o jogo decisivo no Canindé. Saiu perdendo por 1 a 0 do Rio Claro e a força da torcida foi decisiva para buscar o empate que carimbou a vaga na primeira divisão paulista.

No ano anterior, o Água Santa terminou a fase classificatória com 31 pontos e na segunda posição. Mostrou força fora de casa após duas vitorias nas quartas de final e na semifinal. 

Mas veja que nos casos da Portuguesa e Água Santa ser competitivo fora de casa valeu a pena.

No caso da Lusa, em 2022, nos 10 jogos disputados na condição de visitante foram seis vitórias e quatro empates, ao contar fase classificatória, quartas de final e semifinal. No caso do Água Santa, foram cinco vitórias e cinco empates na sua campanha de 2021. Percebam: esses dois times conseguiram o acesso sem perder um jogo sequer como visitante.

Pergunto: você, torcedor pontepretano, confia de que a Macaca pode melhorar tal performnce com o futebol que exibe hoje como visitante?

Ganhar do Londrina não serviria apenas como um carimbo de luta pelo acesso. Teria a utilidade de principalmente apostar que começa a ser construída uma Macaca muito mais competitiva como visitante e cujo os frutos podem ser colhidos na Série A-2 do Campeonato Paulista.

 Elias Aredes Junior com foto de Daniel RAMALHO/CRVG