Pontegate: diretoria executiva responde ao Conselho Deliberativo e tenta colocar gestão anterior na berlinda

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Em documento de sete páginas encaminha a mesa do Conselho Deliberativo da Ponte Preta no final da tarde desta terça-feira, dia 29,  o presidente do clube, José Armando Abdalla Junior e o diretor financeiro Gustavo Valio reafirmaram a disposição de investigar todos os desdobramentos referentes as denúncias contra o ex-diretor de marketing, Eric Silveira.

O documento, no entanto, tenta contextualizar os acontecimentos e coloca na berlinda o ex-presidente Vanderlei Pereira e o ex-vice presidente Giovanni Di Marzio, que rebateu as acusações com veemência a reportagem do Só Dérbi (confira post nesta página).

No texto encaminhado a mesa do CD, Abdalla e Valio enfatizam que o departamento jurídico já participa do processo de investigação e que a relação comercial entre Eric Silveira e a denunciante Rosemeire deve ser tratada no âmbito judicial.

No entanto, o documento afirma que alguns comportamentos adotados geraram estranheza. “(…) Causa espécie a essa diretoria executiva o fato de a sra Rosemeire não ter em momento algum nos procurado ou procurado as autoridades competentes para realizar qualquer denúncia (…)”, afirma o texto.

O documento coloca suspeição sobre a advogada de Rosemeire, Marie Louise Forgeron, que atuou no escritório de Pedro Maciel Neto, atual vice-presidente do Conselho Deliberativo. Em contato com o Só Dérbi na semana passada, Maciel afirmou que Marie Louise atuava como autônoma em seu escritório.

Em relação ao contrato de locação firmado para exploração do Bar 1900, a diretoria da Ponte Preta afirma que o contrato foi estipulado no dia 05 de janeiro do ano passado e posteriormente um aditivo foi colocado para regularizar Rosemeire como pessoa jurídica e responsável pelo estabelecimento.

O documento afirma que ocorreu desequilíbrio financeiro no estabelecimento devido as perdas de mando da Macaca em 2018. Apesar das seguidas renovações, diante do prejuízo causada pelas punições, a diretoria decidiu cancelar o contrato no dia 10 de junho deste ano.

Tanto Abdalla como Válio afirmam que o critério adotado por eles é diferente daquilo que aconteceu na gestão anterior. “(…) na gestão anterior, enquanto o Sr Eric era o concessionário do bar do estádio, o ex-presidente Vanderlei Pereira, em conjunto com o ex-vice presidente Giovanni Di Marzio interferiram no modelo de negócio para se houvesse uma compensação, uma vez que o bar já era deficitário a época o Sr Eric se encontrava em débito com os locatícios(…)”, afirma o trecho do texto. “(…) aquela gestão  optou em não adotar qualquer medida judicial em face do concessionário do bar, pois seria uma operação onerosa para a AAPP e deficitária para o concessionário (…)”, completou. Giovanni rebate e nega o argumento (veja post nesta página).

A diretoria confessa que apesar do edital de concorrência publicado, não houve interessado para tomar posse do bar. As respostas agora serão analisadas pela mesa do Conselho Deliberativo, que se reúne nesta semana para tratar do assunto.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)