Por acesso, Marcelo Chamusca tem seis desafios na área técnica da Ponte Preta

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Marcelo Chamusca é a cartada final da diretoria da Ponte Preta na busca pelo acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Depois de passagem pelo Ceará no primeiro semestre, o baiano de 51 anos volta a Campinas, onde conseguiu acesso com o rival Guarani em 2016, para repetir trajetória de sucesso.

REGULARIDADE:

O principal desafio do comandante é fazer com que o time deixe a inconstância de lado. No momento, a Macaca soma três jogos sem vitória e viu a distância para o pelotão de frente subir em cinco pontos. A melhor sequência, até agora, foi três triunfos consecutivos contra Figueirense, Fortaleza e São Bento. Pelo sonho do acesso, tropeço é uma palavra que precisa ser extinta do vocabulário alvinegro.

MELHORA DO SISTEMA OFENSIVO:

A Alvinegra tem o oitavo ataque mais positivo na Série B com 28 gols, mas quase metade saiu dos pés de André Luís (7) e Júnior Santos (6). O trabalho de Chamusca é fazer com que a equipe marque constantemente e evite sequência negativa na frente.

Afinal, mostrou-se capaz de balançar as redes nove vezes em três jogos – Avaí, Paysandu e Criciúma – e, sete dias depois, marcar uma única vez no mesmo período (passou zerado contra Londrina e Guarani e fez no Vila Nova).

CAMISA 10:

A busca por um articulador de jogadas é assunto antigo nos bastidores do Moisés Lucarelli. Com Tiago Real em baixa após lesão muscular na coxa, João Brigatti tentou de todas as formas solucionar o problema de criação com três volantes ou até improvisações, como os casos de Lucas Mineiro, Orinho e Danilo Barcelos. A cúpula campineira tem até 10 de setembro para inscrever atletas na CBF. A dificuldade, todavia, está em encontrar um nome ideal dentro do orçamento e da concepção tática proposta.

MANTER ANDRÉ LUÍS EM ALTA:

André Luís está longe de ser craque, mas sua importância ao time da Ponte Preta é ratificada por meio dos números. Sem o camisa 7, artilheiro alvinegro na Série B do Campeonato Brasileiro com sete gols, a Macaca ainda não sabe o que é vencer. Em três partidas, são dois empates e uma derrota, o que impacta diretamente na queda drástica do desempenho ofensivo.

O jogador de 21 anos, indicado por Doriva, ganhou notoriedade pela força física, recomposição no meio-campo, auxílio na marcação e velocidade – clique aqui e veja mais sobre o atacante.

FORÇA COMO MANDANTE:

A Ponte Preta sofre como ninguém quando precisa atuar no Majestoso. É dona da terceira pior marca como mandante com 14 pontos somados: três triunfos, cinco igualdes e quatro reveses – supera Sampaio Corrêa e Juventude.

A razão principal diz respeito às punições sofridas ao longo do torneio. Foram seis compromissos com portões fechados em Campinas e dois na cidade de Araraquara.

VISITANTE INDIGESTO:

Não é nenhum absurdo afirmar que a Macaca só está viva na luta pelo acesso, apesar dos cinco pontos de distância para o G4, em razão da força apresentada longe do Moisés Lucarelli. No geral, tem a terceira melhor campanha como visitante com 20 pontos conquistados: seis vitórias, dois empates e quatro derrotas – só fica atrás de Avaí e Figueirense.

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(texto e reportagem: Lucas Rossafa)