Posicionamento político não deveria definir voto na Ponte Preta. Mas existe gente adepta desta estratégia tosca

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Há muito tempo queria escrever sobre este tema. E é algo relacionado com a Ponte Preta. Sobre as suas eleições. Seja por má fé ou ignorância, alguns torcedores envolvidos no processo eleitoral confundem militância política com posicionamento político. Usam redes sociais, e-mails para espalharem medo, terror ou desinformação.

Você pode gostar e trabalhar com futebol e possuir posicionamento político. Ou seja, posicionar-se contra o racismo, homofobia, machismo, violência contra mulher e todo qualquer fenômeno na sociedade que agrida a dignidade humana. Este é um conceito. E o futebol pode e deve participar de tal processo, seja com campanhas institucionais ou por posicionamentos feitos por seus dirigentes, jogadores e até torcedores influentes.

Outro cenário é a militância política. Você pode e deve escolher um determinado partido para votar e defender. É lícito, legal e necessário. Exercício da cidadania. É o oxigênio da democracia. Seja você de direita, conservador ou adepto da esquerda. Mas tal decisão sua é pessoal e não pode interferir nas decisões que você adota em relação aos destinos do seu clube de futebol. E é estupido você definir o seu voto porque fulano vota em A, B ou C para presidente.

Vamos aos fatos: participantes do processo eleitoral na Ponte Preta, com métodos subterrâneos, tentam cabalar votos utilizando que a Ponte Preta precisa sair da “mão da esquerda”. Gente que já utiliza as redes sociais de modo inadequado, apenas para espalhar ódio, violência, desinformação e opressão. E quer levar tais métodos para a urna.

Convenhamos: argumento tolo, vazio, infantil, típico de quem considera a rede social de 280 caracteres ou o Instragram como Enciclopédia. Patético.

Tudo feito em cima de fake News. Tudo para atacar o atual presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo. Que já afirmou com todas as letras que não apoia nenhuma chapa. Ponto. Tiãozinho é um presidente ruim não pelo fato de ser de esquerda e sim porque não é do ramo. Se este argumento tosco fosse válido, Romildo Bolzan, presidente do Grêmio e fã da trajetória de João Goulart (ou seja, um político de esquerda), jamais seria campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.

Quem faz isso são eleitores e adeptos de Bolsonaro? Então eles não sabem que isso só prejudica a imagem do próprio grupo político que defendem. Isso só reforça a imagem e a avaliação feita por todos os jornalistas, cientistas políticos e pela população no geral, a de que são adeptos da opressão como tática de convencimento.

Ao invés de destilarem criticas pela opção política do atual presidente pontepretano, que tal pegar o telefone e conversar com os conselheiros sobre propostas?

O torcedor da Ponte Preta não quer saber para quem vota o presidente da diretoria executiva, o presidente do Conselho Deliberativo ou outros postulantes a cargos futuros.

O torcedor pontepretano quer soluções práticas para falta de dinheiro e de infra estrutura do seu time de futebol. O torcedor, o conselheiro pontepretano quer medidas efetivas e jamais tentativa de emplacar uma narrativa fantasiosa. Achar que vai resolver a vida da Ponte Preta com dois ou três posts de Twitter é enganoso e equivocado.

Política é necessário para o desenvolvimento do país. Não serve como trunfo para espalhar dúvida em um processo eleitoral em um clube de futebol. Isso precisa mudar.

(Elias Aredes Junior)